Resenhas

Edder & Bile

Cadaver

Avaliação

9.0

O que posso dizer de “Edder & Bile”? É um atropelamento de caminhão, uma batida frontal entre trens, um tsunami sonoro, um terremoto de magnitude 10 na Escala Richter. Enfim, destruição total, sem misericórdia e nem salvação.

São dez faixas de agressão implacável que dura um pouco mais de 32 minutos e demonstra como é feito o metal extremo na Noruega. Desgraceira total saída da cabeça de Anders Odden, que faz os vocais, toca guitarra e o baixo neste álbum.
Com ele está Dirk Verbeuren (Megadeth), que toca bateria e também arrisca os grunhidos acompanhado pelos ilustres Jeff Becerra (Possessed), que participa de “Circle Of Morbidity”, e Kam Lee (Massacre), que participa de “Feed The Pigs”.
Algumas das músicas já existiam há algum tempo, só sofreram uma “releitura”. É o caso de “Morgue Ritual”, que o próprio Odden diz ser baseada em “Morgue Rifling” que teria figurado a sua primeira demo tape.
“Final Flight” soa como um black metal repaginado ao estilo Dimmu Borgir, seus compatriotas. Você pode tentar escolher uma favorita entre estas faixas, mas confesso que tenho dificuldade de indicá-las. Tudo soa de uma forma tão estridente e caótica, que arrisco-me a afirmar que é um dos melhores lançamentos de death metal dos últimos tempos.
Só o fato de Anders ter recentemente superado um câncer, já é um fato extraordinário. E isso com certeza influenciou na agressividade e raiva apresentadas neste álbum. Ele não precisa provar nada a ninguém, já tem seu nome na história do gênero, mas reivindica ao Cadaver o trono de banda mais perigosa do death norueguês.