‘Finish the Race’ é o novo álbum da Changing Tymz, uma banda que exala tradicionalismo sonoro e toda estética Heavy Metal. Formada em Pittsburgh, Pensilvânia, essa banda de Heavy Metal tem como integrantes Brian Weber e Timmy Wysong nas guitarras e vocais de apoio, Tony Rossi na bateria, Bryan McQuade no baixo e vocais de apoio, e Joann E Wolfe comandando os vocais principais. Com uma sonoridade que se expande por vários subgêneros do metal, a Changing Tymz entrega um álbum que é uma ode ao metal épico, sem perder a pegada visceral que tanto cativa os fãs do gênero.
Changing Tymz é uma mescla bem calculada de influências que vão de Queensryche e Dio a Iron Maiden e Sabaton. O resultado é um som que transita com fluidez entre o metal melódico e progressivo, com o puro Heavy Metal Tradicional. Eles conseguem equilibrar a energia crua do metal com passagens melódicas e estruturadas, criando uma experiência auditiva que é tanto emocional quanto técnica.
O álbum abre com “The Search for Clarity,” uma introdução épica narrada por uma voz grave que estabelece um clima de grandeza e antecipação. É quase como o prólogo de uma saga medieval, preparando o ouvinte para a jornada que está por vir. O som é grandioso, com camadas de sintetizadores que adicionam uma atmosfera cinematográfica.
Em seguida, “Beyond the Realm” explode com riffs poderosos e uma bateria furiosa, mostrando de cara a destreza técnica dos guitarristas Brian Weber e Timmy Wysong. A faixa flerta com o metal progressivo, apresentando mudanças de tempo que mantém o ouvinte atento a cada detalhe.
“Enslaved” é uma faixa mais densa, com um groove marcante que remete ao peso clássico do Black Sabbath em sua fase Heaven And Hell, enquanto a voz de Joann E Wolfe traz um ar ainda mais épico, navegando entre o agressivo e o melódico com facilidade impressionante. A faixa seguinte, “The Fear is Gone,” acelera o ritmo, trazendo elementos de thrash metal que dão um senso de urgência e ferocidade à música. Uma faixa que possui uma quebra rítmica pré solo vibrante.
“Passion” muda o tom mais uma vez, trazendo novamente um metal groovado, com linhas de guitarra que parecem conversar com o ouvinte. O baixo de Bryan McQuade aliado a guitarra, trazem um tom sinuoso e cativante a canção, permitindo que as guitarras explorem terrenos mais experimentais.
“In the Darkness” retoma o lado mais sombrio e melódico, com uma sonoridade que evoca as sombras das quais as letras falam. Aqui, o trabalho de guitarra é mais erudito e repleto de dedilhados, com riffs mais ressoantes e simples como se estivessem tecendo uma teia sonora.
A faixa-título, “Changing Times,” é o que podemos dizer de um “cartão de visitas” do grupo: Um som potente, de alta energia e total conexão com o tradicional. A música é simples, mas poderosa, com um refrão que fica na cabeça e uma execução técnica impecável.
“Shadows” e “Foundation” continuam a jornada com uma pegada mais tradicional, e lembrando bandas como Iron Maiden e Rush. O que se destaca aqui é a coesão entre os membros da banda; cada instrumento tem seu espaço, mas todos trabalham em prol de um som unificado, trazendo o tom grandioso e atemporal.
“Barely Alive” aumenta a intensidade mais uma vez, com uma performance que mistura o grunge com o Heavy Metal, aqui as linhas vocais lembraram Alice In Chains em diversos momentos. “The Light of Day” oferece a continuação da vibe Alice In Chains, sendo esta mais voltada para o Doom Metal, quase como um descanso antes da reta final.
As duas faixas que marcam o final são “So Far Away” e “Shark Attack”. A primeira é uma balada poderosa que demonstra o alcance emocional e vocal de Joann E Wolfe, enquanto a última fecha o álbum com uma explosão de energia, resumindo tudo que Changing Tymz fez ao longo da obra: peso, melodia, técnica e paixão.
Changing Tymz consegue capturar a essência do Heavy Metal em sua forma mais pura, sem medo de experimentar e empurrar as fronteiras do gênero. É um álbum que não só celebra a habilidade técnica dos músicos, mas também sua capacidade de criar músicas que ressoam emocionalmente com o ouvinte, tornando-o uma experiência que vale cada segundo.