Oceans & Omens, de Perth, Austrália, nos entrega um banquete brutal e melodioso em seu novo álbum, “II: Aether”. A banda, formada por Sean O’Brien nos vocais, Rowan Leah na guitarra solo, Aaron Ganley na guitarra rítmica, Nathan Menage no baixo e Kieran Wallace na bateria, mistura metalcore clássico com uma pegada épica, criando uma experiência sonora que é tanto técnica quanto emocionalmente impactante.
A jornada começa com “Limbo”, uma faixa que já chega quebrando tudo. Os riffs de guitarra são poderosos e incessantes, como uma tempestade que não dá trégua, enquanto a bateria de Wallace traz um groove tão pesado que parece que vai arrancar o chão. É o tipo de música que faz você querer pular e gritar junto, puro metalcore sem frescuras.
Na sequência, “Desolation” oferece uma mudança intrigante. A introdução acústica é quase uma calmaria antes da tempestade, mas logo somos sugados para um turbilhão de agressividade quando Sean O’Brien entra com um vocal gutural devastador. A faixa é uma montanha-russa sonora, transitando entre momentos de serenidade e explosões de brutalidade, mantendo o ouvinte preso do início ao fim.
“The Voidsworn” é a definição de insanidade sonora. As guitarras de Leah e Ganley estão em total sincronia, entregando riffs tão lascivos e pesados que parecem querer destruir tudo em seu caminho. A bateria é uma metralhadora incansável, e o baixo de Menage acrescenta uma camada extra de profundidade à cacofonia. Essa faixa é a prova de que Oceans & Omens não tem medo de empurrar os limites do que o metalcore pode ser.
“Echo In Eternity” desacelera o ritmo, mas não a intensidade. Aqui, a banda explora uma atmosfera mais melódica e sombria, onde os riffs ressoam como ecos em um vasto abismo. É uma pausa necessária, mas não menos impactante, mostrando a habilidade da banda em criar paisagens sonoras densas e emocionantes.
“Final Breath” traz de volta a brutalidade com força total, mesclando momentos de calmaria com breakdowns de tirar o fôlego. A influência de bandas como Enslaved e And Oceans é palpável aqui, mas Oceans & Omens consegue manter sua assinatura única, criando o que é, sem dúvida, a faixa mais memorável do álbum.
E para fechar com chave de ouro, “Surfacing” nos arrasta de volta para a fúria total. É um final épico para uma jornada épica, deixando o ouvinte esgotado, mas querendo mais.
“II: Aether” é uma montanha-russa emocional e sonora que consolida Oceans & Omens como uma força implacável na cena metalcore. Se você está pronto para mergulhar nas profundezas, este álbum é sua entrada para o abismo.