Jane N’ The Jungle apresenta o tão esperado E ‘Life of the Party’. Após singles de sucesso nos últimos meses e diversas críticas positivas, o disco chega com seis faixas ricas em versatilidade sonora, em uma odisseia emocionante e transcendental. A música de Jane N’ The Jungle é um lembrete do grande rock alternativo que surgiu durante os anos 90, voltado para o grunge e punk mas criando uma abordagem melancólica, atmosférica e com tons modernos. Sobre o disco, a dupla diz: “Bem-vindo à queda da nossa felicidade na faixa-título do nosso novo disco ‘Life of the Party’, sobre os múltiplos reinos do vício e de se tornar a droga de alguém. Todo mundo quer ser a vida da festa em nosso novo EP”.
‘Life of the Party’ representa a marca única da alma da banda. Considerando que lançaram apenas um álbum completo em 2019 e alguns singles e EPs, Jane N’ The Jungle pode ser considerado um novato na indústria da música, no entanto, a sofisticação de suas músicas mostra que tem um conhecimento muito além daqueles novatos. Há ousadia e perfeição juntas que tornam o som mais potente e grandioso, criando um uma história de coragem. Jane N’ The Jungle combina elementos de pop-punk, grunge e rock alternativo de várias épocas em um caldeirão rodopiante de guitarras densas e energia sônica impulsionada pelo groove. Com esse disco a banda prova que segue com a ideologia artística, ousada e cativante, junto com o som penetrante e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária.
Todas as faixas foram lançadas como single com videoclipe bem produzidos. Logo na primeira faixa, “Dirty Dog”, percebemos aonde querem chegar, entregando um choque elétrico de paixão mesclado com uma atitude destemida, provando que é uma banda em constante avanço. A canção traz densidade e sensualidade, típica de bandas femininas dos anos 90. Já em “Metal Ghost” a sonoridade ganha mais peso, com guitarras pesadas e bateria potente, onde os vocais possuem uma performance de toque único, trazendo um metal mais moderno, soando como The Pretty Reckless.
A música seguinte, “Wasteland”, mostra o lado multifacetado criando uma melancolia ao falar sobre estar preso em relacionamentos tóxicos onde você sente que não há saída. Criando uma vibe majestosa para amantes deste estilo, este single mostra o quanto Jane N’ The Jungle adora dobrar e moldar gêneros musicais com sua atmosfera extravagante e sombria – a introdução até lembra o hits do The Cult e a energia post punk. Esta é a minha preferida, pelo sentimentalismo e profundidade, levando a uma atmosfera de inquietação.
Subindo impecavelmente na ordem musical com batidas em camadas e arranjos nostálgicos, seu som está amadurecendo em algo único, o que pode ser visto em “Cut Me Open”, e logo perceberá a nítida influência de bandas dos anos 90 e 2000 como Garbage e até Avril Lavigne, mas aqui temos a identidade única da dupla. Esta faixa tem um dos videoclipe mais legais, lançada no Halloween de 2023. Essa canção também tem uma versão acústica de voz e violão que merece atenção – Ouça Aqui.
“Bad of Roses” destila a melancolia penetrante e intimista com uma atmosfera mais balançada, onde as batidas são dançantes mas mantem o ambiente denso e moderno. Com uma genialidade por trás dessa criação absurda e ousada, é a música perfeita para rádios e boates. O videoclipe também é uma obra de arte à parte, uma mistura entre conforto e facilidade, repleta de pixelações confusas que borram nossa ilusão de ótica de emoções amarrada à língua musical.
A última é a faixa-título, que chega com um videoclipe e toda energia densa que é uma marca registrada da banda. Uma melodia cativante e atraente com um arranjo musical genuíno é sentida na faixa, sendo a música que leva o ouvinte aos limites do desconhecido de uma forma prazerosa e impossível de descrever – é preciso ouvir e sentir por si só esse momento, pois os vocais cantam de forma teatral e penetra no ouvinte de uma forma única com sua raiva, sensualidade e empoderamento.
‘Life of the Party’ traz o instrumental drástico, extenso e sombriamente alucinante, ao mesmo tempo que exala uma montanha russa de sentimentos e divide histórias que o ouvinte irá se identificar, mostrando as mentes brilhantes dea dupla. O disco foi gravado em Phoenix, AZ no Cosmic Soup Studios e colaboração com Maxamillion Haunt (The Haunt) em seu estúdio, mixado e editado com o super produtor Chuck Alkazian no Pearl Sound Studios em Canton, MI. ‘Life of the Party’ captura de forma encantadora a angústia, a frustração e a toxicidade que cada um revela com um senso cru de atitude e mordida.
Jane N’ The Jungle chegou para ficar e já ganhou destaque repleto de ideias vibrantes, exclusivas e de pura nostalgia, sendo uma banda potente, de imersão com um domínio tão forte e confiante sobre seu som, que consegue encantar desde o público mais exigente até quem busca bandas novas.