Resenhas

Memento Mori

Marduk

Avaliação

8.0

Chegando ao seu 15º álbum, as lendas suecas do Black Metal do Marduk estão lançando “Memento Mori” em 1º de setembro via Century Media Records. Com pouco mais de 40 minutos, o álbum é implacável, com suas letras blasfemicas e seu instrumental direto e bastante coeso, como manda a regra do estilo. O Título do álbum já é bastante usado entre as bandas de Metal extremo, “Memento Mori” vem do Latin e siginifica algo como “Lembre-se de que você vai morrer”, um fato bastante realista já que é a única certeza de que temos. Vamos a audição, pois o sucessor do ótimo “Viktoria” promete!

A faixa-título abre o álbum com muito poder, entre riffs e linhas de bateria variados e emenda com “Heart of the Funeral” como se fossem uma faixa apenas. A segunda tem mais momentos harmônicos e blast beats passeando pela faixa. Falando neles, estão presentes em pelo menos 90% de “Blood of the Funeral“, que também apresenta ótimos riffs e um clima de preparação para o apocalipse, inclusive com as trombetas ecoando em uma atmosfera aterrorizante que se conecta com a faixa seguinte “Shovel Beats Sceptre“, essa que apresenta uma aura mais épica, com a bateria de compasso mais lento e as guitarras com riffs mais arrastados, mantendo a marcha para o apocalipse.

Charlatan” é a qual tem a letra mais forte contra a religião. Musicalmente conta com boas variações, com blast beats em momentos pontuais e com destaque para ótimas viradas. Os riffs também contam com uma certa progressão e constroem uma atmosfera de tensão. “Coffin Carol” tem mais blast beats no comando, sem variações, seguindo assim durante toda a faixa, que acaba ficando um pouco cansativa da metade para o fim. Salve-se o pequeno interlúdio no fim que nos empurra para “Marching Bones“, a qual conta com mais variações e progressões, já dando um ar mais saudável para a audição. Chegamos na melhor faixa do álbum, “Year of the Maggot” apresenta uma ótima linha de bateria, o baixo com destaque pela primeira vez, além de ótima progressões na guitarra, com riffs hora agressivos, em outros momentos com mais cadencia.

Estamos na reta final e “Red Tree of Blood” volta com o clima apocalítico, com a atmosfera mais tensa. É agressiva, com os blast beats dominando o compasso e as guitarras rasgando os tímpanos de uma forma incrível. “As We Are” tem a missão de encerrar o álbum e tudo começa de forma diferente, com as guitarras mais harmônicas no início, conduzindo um andamento mais cadenciado, com as trombetas anunciando o fim lá no fundo. Seguindo na mesma rota, nota-se que se difere das demais faixas e justamente por isso merece um destaque maior.

Vindo de um excelente álbum, era de se esperar que o Marduk sustentasse um trabalho do mesmo nível ou até melhor em “Memento Mori“. Felizmente é o que acontece aqui, com pouquíssimas ressalvas: a variação entre as faixas poderia ser maior, o baixo pouco presente e a progressão das linhas de bateria, que muitas vezes não se diversa da faixa anterior, parecendo ser a mesma música. Fora isso, é um álbum forte, com muita prudência e mantém o nível de outros grandes lançamentos dos suecos.

Tracklist:

01. Memento Mori
02. Heart of the Funeral
03. Blood of the Funeral
04. Shovel Beats Sceptre
05. Charlatan
06. Coffin Carol
07. Marching Bones
08. Year of the Maggot
09. Red Tree of Blood
10. As We Are

Formação:

DanielMortuusRostèn (Vocal)
Morgan Steinmeyer Hakansson (Guitarra)
Devo Andersson (Baixo)
Simon Schilling (Bateria)