Resenhas

Moralis

Póstuma

Avaliação

8.5

Póstuma, banda do interior paulista, apresenta um death metal melódico com riqueza de elementos e com um tecnicismo surpreendente. Uma das coisas que mais me agradou neste EP de estreia foi a temática, pois sou fanático por mitologia.

“Moralis” nos brinda com os vocais de Beatriz da Aldea, mais uma frontwoman brasileira que merece ser ouvida com mais atenção e que não fica devendo em nada para bandas estrangeiras renomadas como Arch Enemy, por exemplo. Beatriz aparentemente fará parte do panteão das grandes de vocalistas de metal extremo, faço votos para isso.
Falando em mitologia grega, “Prometheus” ou Prometeu (em português) é o titã que roubou o fogo dos deuses para entregá-lo aos mortais, como castigo foi amarrado por Zeus por toda a eternidade em uma rocha e uma grande águia comia todo dia seu fígado, que se regenerava no dia seguinte. Reconheço que é de longe a faixa mais interessante deste trabalho.
As guitarras de Júlio Alves e Rodrigo Batista também estão presentes neste EP de uma forma muito agradável, devendo conquistar principalmente os fãs do gênero. Os riffs são realmente cativantes e executados com extrema competência. Destaque para a faixa “Gaya”, que realmente ouvi à exaustão.
“Minerva” deusa romana das artes, do comércio e da sabedoria também é reverenciada. Mas esta “reverência” vem em forma de um petardo pesado e avassalador.
Já a faixa “Redemption”, demonstra o cuidado que o grupo teve neste trabalho obviamente conceitual e de reflexão existencialista. De acordo com a própria mitologia grega, desde o início dos tempos o ser humano enfrenta o desconhecido, que é percebido como escuro, atemorizante e caótico.
Como trabalho inicial, já dão a partida com o pé direito, vamos aguardar as próximas composições. Mas ganharam o meu respeito e atenção.

Formação:

Beatriz da Aldea – vocal
Júlio Alves – guitarra
Rodrigo Batista – guitarra
Diego “Bob” Carmelo – baixo
Murilo Pasqualino – bateria