Surgido em 2008, o Dark Tower sempre foi um expoente no cenário Underground Nacional, depois de lançar uma demo, dois EP´s e dois discos completos, em 2019 teremos Obedientia, esse discaço será lançado amanhã pela banda e suas gravadoras. Recebemos com antecipação, um pouco antes do seu lançamento. A banda atualmente conta com Flávio Gonçalves(vocais), Rodolfo Ferreira(baixo/vocal), Raphael Casotto e Rafael Morais(guitarras) e Rômulo Grilo (bateria).
Depois a ótima introdução instrumental “Punishment”, que conta com violões que dão um belo clima ao início do disco, a banda surge com “Downfall”, música que continua o clima soturno da introdução em que o grupo já fala a que veio. Com um Black/Death Metal muito único, bem estruturado, mantendo a personalidade do grupo, com refrães fortes e sombrios, mesmo nas faixas de um andamento mais rápido.
“God Above Nothing” surge com um riff muito interessante, sendo uma música mais rápida, com aquela pegada mais clássica do Death Metal e bateria “um por um” que dá uma empolgada, é sempre bom ver as bandas retornando para um conceito mais clássico, mas sem perder a sua própria identidade.
“Highland Ceremony” entra em cena com mais uma climatização (o que eu acho muito interessante, sempre), mas depois de flautas e barulho de chuva, um berro, sons de guerra sobem nesse “intermezzo” do disco e a bateria de Rômulo já anuncia “Winged Snake´s Communion”, uma música mais cadenciada, mas com toda a cara do Dark Tower. Os vocais de Flávio nesta faixa estão incríveis e os coros maravilhosos. Guitarras variando de riffs mais cavalgados para passagens ríspidas marcam essa maravilhosa canção, que me remete ao início da banda. “Praxis Against Ignorance” é outra boa canção que segue um padrão de composição da banda.
Posso destacar a faixa título, “Obedientia”, um som com tantas influências diferentes, com passagens variadas e sempre dentro da personalidade “Dark Tower”, o que faz dela um som maravilhoso, a que eu mais curti ouvir do disco. O disco conta com mais músicas, como “Rites Of Conscience”, a ótima “The Carnal Splendour”, com um belo solo de guitarra, muito bem composto. O álbum fecha com “…As The Obedient Marches To The Abyss”, uma faixa que encerra com o mesmo belo clima que iniciou a obra, mas dessa vez com a banda detonando seus instrumentos de forma brilhante na composição e clima apresentados.
O Dark Tower e seu novo disco vem mostrar, mais uma vez, que o Black/Death Metal Nacional não deixam a dever em nada pra qualquer banda gringa. A produção do disco é algo fenomenal e toda a parte técnica, desde o encarte e a mixagem impecável. Ou seja, se você amigo headbanger que está lendo isso e curte bandas como SepticFlesh, Fleshgod Apocalypse, entre outras, não pode deixar de dar atenção ao Dark Tower. Será agraciado com composições ótimas.