Bem-vindo ao caos sônico de “Paranormal Arson (Directors Cut)”, o novo álbum da mente inquieta por trás do projeto de death metal, Paranormal Arson. Conduzido por Jamie MacDonald, um artista que mergulha nas profundezas da brutalidade musical, Paranormal Arson é a expressão visceral de sua paixão pelo death metal clássico e pelo horror. O álbum é uma explosão desordenada de Deathgrind, Brutal death metal e industrial, onde a produção polida é substituída por um som que parece ter sido gravado em meados dos anos 90, misturando elementos do Black Metal, Brutal Slam Death Metal e o DeathGrind.
A jornada auditiva começa com “Graverobbing in Texas”, uma faixa que atinge como um soco na cara. Riffs robustos, ganchos cativantes e grooves sinuosos se entrelaçam, criando uma atmosfera suja e oleosa que faria os ouvintes menos preparados a se sentirem desconfortáveis.
A faixa-título, “Paranormal Arson”, mantém a intensidade, mergulhando ainda mais nas profundezas do caos sônico. Os vocais guturais de MacDonald emergem como um rugido do submundo, enquanto a guitarra ressoa como um motor bruto.
“Fear of Napalm” é como se esmagasse Carcass e Dismember, face a face. Guitarras brutais e muito bem condicionadas, a bateria tem um papel importantíssimo para a conclusão da cama sonora brutal formada aqui. Essa com certeza é uma das minhas faixas favoritas do disco.
Já “Saitama Bloodbath” mergulha mais fundo nas profundezas do caos, com riffs pesados que esmagam como bigorna e uma intensidade que lembra uma tempestade de distorção enquanto a guitarra conduz a dança frenética da agressividade e brutalidade, deixando uma trilha de destruição auditiva em seu rastro.
“Th Name Dies With Me” é praticamente a continuação da anterior, com um ritmo similar mas com a adição dos vocais logo de cara, revelando a faceta sinistra do universo sonoro de Paranormal Arson. A faixa se desdobra como um pesadelo morrido, com uma abordagem old school da coisa.
“PFC 2K23” é uma sketch de uma áudio encenação misturada ao brutal death de Paranormal Arson, com pouco mais de 2min a faixa, quando entra o Death Metal, tem uma profunda similaridade com trabalhos do Cannibal Corpse por exemplo.
“Graverobbing in Texas – Glock Anderson Revenge 64 Remix” é simplesmente uma versão 16 bits (ou 64) da primeira faixa. Com uma estética de games de terror ou “creepy game footage”. Assustadora e muito diferente das demais.
“Scertless Apprentice” aponta para o final do disco. Esta faixa é de pura ferocidade, industrial, barulhenta e perturbadora, sombria e envolvente. A fusão de influências grind e death metal industrial atinge seu ápice, deixando uma impressão duradoura de caos e complexidade, com uma estética Gótico Industrial aliada as vozes grind essa faixa é com certeza vai te fazer agitar.
A faixa que encerra o álbum é a versão Glass of Od Milk Remix da faixa-título do disco – “Paranormal Arson”. Essas versões reinventadas adicionam uma camada única ao álbum, está aqui carrega por seus 1min50 um clima de Industrial eletrônico que acaba abruptamente com a voz de um narrador dizendo que pensando que algo era um fantasma.
“Scertless Apprentice” é uma montanha-russa de emoções, alternando entre momentos frenéticos e interlúdios mais sinistros. As influências do grind e do death metal industrial se entrelaçam, criando uma experiência auditiva caótica e imprevisível. Para os aficionados por sonoridades ousadas e experimentais, Paranormal Arson é uma experiência auditiva imperdível, especialmente para aqueles que já apreciam bandas como Scorn, Godflesh, Carcass, Repulsion, Skrew e Meathook Seed. O projeto de Jamie MacDonald oferece uma jornada musical que se assemelha a uma fusão caótica dessas influências, incorporando o peso industrial de Godflesh, a ferocidade visceral de Carcass e o experimentalismo sombrio de Scorn. Se você se encontra imerso nas atmosferas únicas dessas bandas, Paranormal Arson adicionou uma nova dimensão ao seu repertório, injetando uma dose irresistível de brutalidade e inovação.
Prepare-se para uma experiência sonora que desafia as convenções, onde cada faixa é um mergulho profundo nos recantos mais sombrios do death metal, proporcionando uma jornada envolvente e intensa para os ouvidos sedentos de novas texturas musicais.. Então, coloque seus fones de ouvido, prepare-se para o impacto e mergulhe neste turbilhão de brutalidade.