Resenhas

Shrine

Bleed From Within

Avaliação

8.0

O quinteto escocês Bleed From Within chega ao seu sexto álbum de estúdio com ‘Shrine’, apresentando seu metalcore criativo e com uma impressionante performance vocal de Scott Kennedy. Os gritos de fúria são acompanhados de riffs alucinantemente complexos. Em resumo, me parece o melhor álbum da banda. Fundamento esta afirmação na percepção que atingiram uma maturidade em suas letras e composições que vai além (não que os trabalhos anteriores deixassem a desejar).

O álbum tem todos os elementos essenciais para se tornar interessante ao nossos ouvidos: groove, melodia e brutalidade. A forma com a bateria causa seu impacto na faixa de abertura “I Am Damnation” já dá o tom deste play. Com camadas e mais camadas de harmonia e mesmo com os vocais limpos feitos por Steven Jones em “Levitate”, descamba em um momento devastador digno de um mosh ao vivo que deve ser violento.

Já em “Flesh And Stone”, o momento da explosão chega no refrão da música. Isso tudo, com as mudanças de cadência muito bem executadas pelo baterista Ali Richardson e com um ápice onde entra um arranjo de coral ao fundo.

Em “Death Defined” o vocalista Scott Kennedy demonstra sua imensa versatilidade ao mesclar vocais limpos com os mais ásperos dando uma sustentação especial e natural à canção.

E assim se segue, num desfile de destruição em “Shapeshifter”, “Temple Of Lunacy” e “Killing Time”. Tudo culmina na faixa final “Paradise”, muito mais atmosférica e feita para ser cantada pelos fãs a plenos pulmões nos shows por este mundo afora.

Apesar de eu não ser fã de metalcore, creio que o Bleed From Within possui uma qualidade inegável. Creio que mereçam cada vez mais destaque no cenário do metal internacional e tem tudo pra cair cada vez mais no gosto dos brasileiros que curtem música pesada e bem executada. O metal britânico que já nos deu tantas bandas maravilhosas, agora tem outra que quer cada vez mais mostrar o seu valor.

Formação:

Scott Kennedy | Vocais

Craig Gowans | Guitarra

Steven Jones | Guitarra

David Provan | Baixo

Ali Richardson | Bateria