Resenhas

The Age Of The Offended

Cadaver

Avaliação

6.0

A banda de Death Metal norueguesa Cadaver está chegando ao seu sexto álbum de estúdio com o lançamento de “The Age Of The Offended”, que chegou dia 21 de julho via Nuclear Blast e Shinigami Records do Brasil. Com um som pesado e cru, os caras entregam músicas diretas e com uma ótima produção, que destaca a sujeira do Death Metal em contraste com uma mixagem na qual é possível destacar todos os elementos. Bora resenhar!

Com músicas de curta e média duração, o álbum passa por pouco dos 40 minutos. Após a intro “Sycophants Swing“, “Postapocalyptic Grinding” é a porta de entrada de riffs muito bem trabalhados somados a uma bateria insana tocada por Dirk Verbueren, que você deve conhecer do Megadeth. “Scum Of The Earth” é um Death’n’Roll com um refrão mais cadenciado, mas que acelera em momentos pontuais destacando os bumbos, assim com a seguinte, a faixa-título, que tira mais ainda o pé, flertando em certos momentos com o Groove, mas não deixa de ter aqueles momentos mais acelerados. “Death Revealed” destaca mais ótimas linhas de bateria, com viradas impressionantes e alguns blast beats dando as caras de modo mais tímido. Riffs mais agressivos também aparecem e comandam a faixa.

Pisando no freio novamente temos “The Shrink“, com riffs mais arrastados e pesados. “Crawl Of The Cadaver” apresenta mais Groove, mas também acelera onde é necessário. Muito superior a anterior e os riffs agudos dão um charme a composição. “The Drowning Man” destaca o baixo, mais presente e audível. As guitarras apresentam um trabalho mais denso. A faixa é a mais longa do álbum e não contrasta bem com as outras, parecendo ficar cansativa depois de um tempo. “The Sicker, The Better” volta a acelerar as coisas e dá uma sobrevida para a audição. “Dissolving Chaos” tem riffs mais técnicos, apostando na variação de tempo, com momentos mais lentos que do nada aceleram com blast beats e solos agressivos.

Deadly Metal” tem o melhor riff do álbum todo, além disso a bateria está insana e veloz e anima novamente as coisas. “The Craving” segue a cartilha, com ótimas linhas de bateria e com o andamento mais uptempo. Os riffs estão insanos e implacáveis aqui, Fechando os trabalhos, “Freezing Isolation“, tem um andamento estranho no início, parecendo que as guitarras vão contra o compasso, mas logo muda e vamos para um tom mais veloz, A ponte que nos leva para o final é a única parte onde guitarras soam melódicas em todo o álbum, o que ficou muito bom e seria muito bom se explorassem mais isso em algumas passagens.

Ao final da audição confesso que fiquei decepcionado, esperava bem mais do álbum. O vocal do líder Anders Odden fica enjoativo após algumas faixas, as guitarras poderiam explorar outros tons, experimentar mais passagens melódicas e carregarem mais as músicas, o baixo aparece pouquíssimas vezes e o que acaba se destacando é a bateria de Verbueren, com variações de andamento, viradas muito competentes que acabam sendo a única coisa que te prende até o final, no qual os 40 minutos parecem ser 3 horas.

Tracklist:

1. Sycophants Swing (Intro)
2. Postapocalyptic Grinding
3. Scum Of The Earth
4. The Age Of The Offended
5. Death Revealed
6. The Shrink
7. Crawl Of The Cadaver
8. The Drowning Man
9. The Sicker, The Better
10. Dissolving Chaos
11. Deadly Metal
12. The Craving
13. Freezing Isolation

Formação:

Anders Odden – Vocal, Guitarra
Dirk Verbueren – Bateria
Ronni Le Tekrø – Guitarra
Eilert Solstad – Baixo