Sem medo de elevar o nível, a banda sueca de metal sinfônico Eleine lançou, em meados de 2023, o álbum “We Shall Remain”, quarto trabalho de estúdio. E através desse novo voo, mostra que estão cada vez mais sólidos para conquistar ainda mais corações metaleiros por aí.
Para este disco, a banda apresenta uma mudança na formação: saiu o baixista Anton Helgesson (2018 – 2021) e entra Filip Stålberg, que assumiu a vaga durante a turnê e, logo em seguida, foi oficializado como membro permanente.
O álbum tem pouco mais de meia hora, com faixas bem distribuídas. Se compararmos com o trabalho anterior, “Dancing Hell”, lançado em 2020, percebemos que o status mudou, e você que já conhece a banda sentirá isso logo de início. Se ainda não ouviu, vá sem medo de ser feliz!
A faixa de abertura é “Never Forget”, que, ao meu ver, é uma escolha muito acertada para iniciar o álbum. É uma canção poderosa, com várias camadas rítmicas, riffs dinâmicos e os vocais divididos entre Madeleine Liljestam, vocalista e líder da banda, e Rikard Ekberg, que além de liderar a guitarra, também contribui com vocais limpos e guturais.
“Stand By The Flame”, segunda faixa do álbum, traz um riff inicial poderoso, acelerado e muito pesado. E Madeleine, para variar, entrega tudo com a sua voz poderosa.
Seguimos com “We Are Legion”, que aposta em elementos épicos para dar início a uma das melhores canções do disco, com riffs excelentes, cheios de variações e, mais uma vez, com o dueto de vozes muito bem encaixadas de Madeleine e Rikard.
Mais adiante, em “Promise of Apocalypse”, encontramos uma Madeleine dominante, aplicando muita emoção em cada etapa da letra. E para tornar a música ainda mais bela, a banda optou por uma melodia crescente, firme e limpa o tempo todo. Espetacular!
Se você gosta daquela fórmula clássica do metal sinfônico, vai se apegar a “Blood In Their Eyes”, que é uma canção com um refrão poderoso, pitadas épicas e um pouco de gutural para fechar com chave de ouro. E quando a música acabar, você vai ficar cantando o refrão sem parar: “In darkness of life we find the will to fight, we all shall arise tonight”. Grande música!
Logo após “Vemod”, faixa incidental do disco, vem a agitada “Through The Mist”, com Rikard puxando os vocais, alternando entre o limpo e gutural, até que Madeleine finaliza como uma verdadeira frontwoman indomável que é. Que música, senhores!
“Suffering” é mais uma daquelas músicas que você ouve uma vez e já fica fascinado. Madeleine parece fazer uma reflexão sobre a vida. Afinal, ela vale a pena? A letra é, sem dúvida, a que mais me impactou: “Who said life’s easy? I’m on my knees suffering, grasping life. I hope I’ll survive”.
Atmosférica, “War Das Alles” é mais uma canção que desafia você a fazer várias reflexões sobre nossa relação com o mundo. Além da letra, dos riffs poderosos e do gutural bem posicionado de Rikard, destaco a harmonia épica e também trechos da música cantada em sueco.
E, por fim, a faixa título “We Shall Remain” é um ótimo grand finale, digna de comparações com bandas imensas do gênero, como Epica e Within Temptation.
Se você tem um gosto apurado para a sonoridade do metal sinfônico, metal melódico e coisas similares, faça um grande favor a si mesmo: ouça este álbum da Eleine e se apaixone pela potência desses suecos maravilhosos. Garanto!