Depois de mais de 15 anos, The Buddyrevelles retorna com o primeiro de três EPs com 4 músicas, ‘The Consolation’. A banda estampou o cenário da música com o álbum de estreia ‘September, November’, bem sucedidos e elogiado. Dando sequência a super carreira, entrega o surpreendente EP ‘The Consolation’, com um conjunto de 4 faixas, o trabalho apresenta uma banda sem remorso que só se inspira em seu instinto e criatividade, onde é possível notar a ideologia espiritual junto com o som denso e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária de Aaron Grant (guitarra e voz), Scott Hoch (baixo e voz) e Dan Reinholdt (bateria).
‘The Consolation’ é uma fusão fervorosa e expressiva, uma satisfação conceitual de uma mistura eclética de ideias, que trazem a sonoridade oldschool do rock’n’roll e a energia do alternativo moderno, provando que a banda soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical. Um choque elétrico de paixão mesclado com uma atitude ousada e destemida, The Buddyrevelles está em constante avanço, subindo impecavelmente na ordem musical com arranjos inebriantes, seu som está amadurecendo em algo único, fazendo com que o conjunto da obra seja maravilhoso – e nos fazendo aguardar ansiosamente pelos próximos EPs.
O EP traz letras intimistas com ambientação suave mas energética, com riffs de guitarra cintilantes e rítmicos, destilando o poder do progressivo, a bateria segue o ritmo suave com progressão de acordes com muita técnica, junto com o baixo que marca forte presença em um groove melódico. Os vocais cantam rimas apaixonantes com sua voz forte e corajosa, que convida o ouvinte para a reflexão.
Este trabalho desperta a vontade de estar em um show ao vivo do The Buddyrevelles e sentir toda essa vibe sentimental e leve que passa. O EP abre com “Abracadabracus”, que traz uma energia mais densa e intimista, lembrando tons de superação e desabafo com ótimas linhas de violão que dão um ar mais folk, já “Music Crisis Mid Life” traz mais suavidade, mantendo o clima confortável e remetendo as bandas como Simon & Garfunkel.
“Born To Lose” continua com os riffs guitarra típicos, mas nesta canção traz uma energia mais emocionante e sombria, com um peso do rock alternativo e um lirismo mais profundo. Fechando o EP, a faixa “Locked in, Loaded” tem guitarra mais pesadas, a faixa mais rock’n’roll e agitada, que em conjunto com as letras criam uma canção inusitada – gostei dos vocais melódicos cm vocais mais ásperos e sombrios.
Este EP é a culminação das composições contundentes de The Buddyrevelles, maduras com sua marca registrada de guitarras de rock em camadas e lirismo sincero e profundo. Por meio da música, divide suas histórias de uma maneira encantadora e confortável. ‘The Consolation’ mantem a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como a banda criou uma sonoridade pesada ao mesmo tempo que é densa, profunda e sombria, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória.
Os Buddyrevelles foram formados em 1997 em Eau Claire, Wisconsin, por Aaron Grant (guitarra e voz), Scott Hoch (baixo e voz) e Dan Reinholdt (bateria). Em 1998 a banda lançou seu primeiro álbum, ‘September, November’ pela Motorcoat Records. As guitarras melódicas em camadas do álbum, os vocais vulneráveis, o baixo tenso e a bateria propulsiva apresentaram ao público o som pop distinto, mas acessível, da banda.
Seu segundo álbum, ‘American Matador’, foi lançado em 2000 e mostrou a vontade de experimentar estruturas musicais cada vez mais complexas. Depois de algumas grandes mudanças em suas vidas, eles lançaram seu terceiro álbum, ‘Don’t Quit’, pela Solitaire Records de Chicago, resultando em 32 minutos musculosos de felicidade indie pop. Com um novo sentido de propósito e uma riqueza de experiências de vida, o seu novo EP retrata um nível de crescimento e maturidade musical, ao mesmo tempo que captura a juventude que nasce de novas criações.
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