Na última sexta-feira (19), o grupo musical finlandês Apocalyptica proporcionou uma experiência única aos espectadores do Carioca Club, em São Paulo, durante sua aguardada apresentação na turnê “Cell-0” pelo Brasil. A fusão distintiva entre sinfonia e heavy metal, característica marcante da banda, indubitavelmente encantou os fervorosos fãs presentes. Com o lançamento do nono álbum de estúdio, intitulado “Cello-0” (2020), o Apocalyptica reafirmou sua posição como verdadeiros inovadores no cenário da música instrumental.

É notável como conseguem manter a atenção do público em seu estilo singular de metal sinfônico, onde, durante a maior parte do show, os vocais são substituídos pelos instrumentos, destacando as habilidades e a destreza do grupo. Em contraste com a rigidez dos rótulos convencionais de heavy metal ou música clássica, o Apocalyptica estabeleceu um estilo híbrido e distintivo, explorando novos territórios e expressando-se de maneiras verdadeiramente inovadoras. Nossa entrevista com Eicca Toppinen oferece uma visão aprofundada sobre essa abordagem única.

No palco, os talentosos músicos Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen e Perttu Kivilaakso, munidos de seus violoncelos, acompanhados pelo baterista Mikko Kaakkuriniemi (que substitui Mikko Sirén nesta gira)  e o vocalista mexicano Erik Canales, proporcionaram uma experiência sonora excepcional aos espectadores. Não se limitando a reinterpretar os clássicos do Metallica que os tornaram mundialmente conhecidos, a banda homenageou os brasileiros do Sepultura, revisitando obras como “Inquisition Symphony” e “Refuse/Resist”. A seleção de músicas abrangeu diversos momentos da carreira da banda, incluindo faixas dos álbuns de sucesso como ‘Shadowmaker’ (2015), ‘7th Symphony’ (2010) e ‘Cult’ (2000).

Destaca-se a habilidade do grupo em mesclar a intensidade do heavy metal com a elegância da música sinfônica, resultando em performances impactantes. A adição do vocalista Erik Canales à formação enriqueceu ainda mais a experiência ao vivo, proporcionando uma dimensão adicional às composições. A diversificada setlist incluiu desde poderosos covers, como “For Whom the Bell Tolls” do Metallica, até momentos mais introspectivos como “Grace” e “Nothing Else Matters”. A homenagem aos clássicos do Sepultura demonstrou a versatilidade e a habilidade do Apocalyptica em transcender fronteiras musicais.

Destaco ainda a expectativa e entusiasmo para as próximas apresentações no México, terra natal do vocalista Erik Canales. Com 15 shows programados, o grupo está prestes a proporcionar um espetáculo notável em sua terra de origem.

A apresentação do Apocalyptica na capital paulista confirmou que a banda ocupa um patamar único em sua carreira. Ao criar um espetáculo que transcende os limites dos gêneros convencionais, o Apocalyptica continua a cativar e surpreender seu público, consolidando-se como verdadeiros inovadores no cenário musical contemporâneo.

Setlist:
1. Ashes of the Modern World
2. For Whom the Bell Tolls (cover do Metallica)
3.Path
4. I’m Not Jesus
5. Not Strong Enough
6. Grace
7. Refuse/Resist (cover do Sepultura)
8. Rise
9. En Route to Mayhem
10. Shadowmaker
11. I Don’t Care
12. Nothing Else Matters (cover do Metallica)
13. Inquisition Symphony (cover do Sepultura)
14. Seek & Destroy (cover do Metallica)
15. Farewell
16. Peikko

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