Shows

Confira a cobertura completa do Setembro Negro 2022

Confira a cobertura completa do Setembro Negro 2022

8 de setembro de 2022


A banda sueca Tribulation se apresentou no terceiro dia do festival

Marcelo Catacci/Headbangers News

A banda sueca Tribulation se apresentou no terceiro dia do festival

Nos dias 3,4 e 5 de Setembro o Carioca Club, em Pinheiros, recebeu um dos festivais mais aguardados para os fãs de música extrema. Chegando em sua 14ª edição, o Setembro Negro já trouxe bandas como Midnight, Demolition Hammer, Gorgoroth,At War, Monstrocity e diversos outros nomes de peso, que se não fosse pela produção consciente, de fã para fã, jamais teríamos estes grupos pisando em solo brasileiro. O festival, que era previsto para 2020, sofreu muitas alteraçōes de data e lineup por causa da pandemia. Cerca de 8 bandas foram trocadas durante esse período.

Diamond Head, uma das bandas pioneiras do NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal), encerrou o Setembro Negro 2022

Marcelo Catacci/Headbangers News

Diamond Head, uma das bandas pioneiras do NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal), encerrou o Setembro Negro 2022

SETEMBRO NEGRO FESTIVAL 2022 – 1º DIA

Com início pontual, às 11h os portões se abriram e não demorou muito para recebermos a banda que abriria os trabalhos, The Black Spade, que entrou ao meio-dia tocando um som cheio de referências ao Raw Black Metal e letras que envolvem o paganismo, principalmente das religiões de matriz africana ocultas, a Quimbanda, talvez esse seja o maior diferencial do grupo.

Ao fim da apresentação, o palco ficou livre para o Malefector, que trouxe um Thrash Death e com vocais igualmente poderosos e surpreendeu a todos. Considerei uma das melhores apresentações da noite, o som estava impecável e a banda, lembrando que já falamos aqui sobre seu último lançamento, o “Sixth Legion”, estava afiadíssima. O grupo tem 30 anos de estrada e também ficou muito conhecido por ser uma das poucas bandas de metal brasileira a ter subido nos palcos do famoso festival Wacken Open Air, na Alemanha.

Às 13h40 a banda Introtyl subiu ao palco. E foi insanamente surpreendente, eu não tinha conhecimento sobre esse quarteto poderoso de mulheres até aquele momento. O som não tem nada de delicado mas sim brutal e visceral, um Death Metal que traz influências e muitos elementos de hardcore como do Napalm Death por exemplo. Formada em 2009, a banda vem divulgando o álbum “Adfectus” e pode ali nos dar uma pequena amostra do que essas garotas tem de potencial.

Às 14h30, o famoso Facada iniciou sua apresentação. Simples, rápido, pesado o grupo traz a tradição e um som que difere da maioria das bandas participantes do festival, em que predomina o Death Metal e Black Metal. O Facada toca grindcore desde 2003 e trouxe seus clássicos mesclados às canções do último album “Quebrante” que foi lançado em 2018. Eles representaram muito bem o Grindcore e conseguiram levar o público a insanidade.

Chegamos a metade do primeiro dia e também ao ponto em que Headhunter Death Cult ou (Headhunter D.C) subiu ao palco. O Headhunter D.C., vem comemorando 35 anos de banda e tocando faixas do álbum mais recente “In the Unholy Mourning” mas principalmente o “In the Sky Turns Black” que recentemente foi relançado em vinil 12 polegadas pela Crypts of Eternity do Peru. A banda está cada vez mais brutal, sólida e muito, mas muito, completa. Os vocais do Mestre Baloff são versáteis e poderosos, é impressionante! Com certeza o grupo está no Top 5 das melhores bandas do festival nos quesitos performance e qualidade.

Chega a ser difícil assistir outra coisa depois do que o Headhunter D.C. nos mostrou, mas o Masacre, banda colombiana de Brutal Death Metal (da cidade conhecida por abrigar um dos maiores cartéis de tráfico de drogas do mundo, Medellin) conseguiu elevar a potência. Muitas pessoas com as quais conversei no evento não conheciam o Masacre e se surpreenderam. A banda traz um som bruto e muito realista. Alex Okento a todo momento exclamava o quanto sua terra natal está deteriorada pelo crime e isso serviu de inspiração tanto para a brutalidade de suas letras e do seu som.

Às 17h35 os caras do Conan, um dos grandes nomes do Stoner/Sludge/Doom Metal começaram seu show. A apresentação dos ingleses foi tomada por uma aura densa e arrastada em sua primeira visita ao Brasil, porém foi pouco reconhecida. Apesar da banda carregar um numero gigante de fãs em nosso país e no mundo, se percebeu pouca adesão do público. Na minha percepção, apesar disso, foi uma apresentação insana e muito surpreendente poder acompanhar ao vivo seus riffs sujos, músicas longas, arrastadas, cadenciadas e vocais que parecem com gritos de guerra.

Chegamos então às18h40, com o Brujeria. A banda substituiu Blood Red Throne, que não veio por conta do não cumprimento da obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19. O show foi bem curto em certo aspecto e por eu já conhecer o “workway” dos caras, não vi nenhum detalhe diferente das duas últimas apresentações no Brasil. A apresentação é rápida, sem firulas, sem conversas desnecessárias, como é um show de grind. O grupo vem divulgando “Pocho Aztlan” seu último full. Porém em seu setlist temos o single “COVID-666” e “Viva President Trump”,.

A casa estava lotada neste momento. Éimportante frisar que era possível entrar e sair do evento quando o espectador quisesse, isso de certa forma fazia variar o público em certos momentos, dependendo da popularidade das bandas que estavam no palco.

No momento do show do Harakiri for The Sky, a presença da plateia era massiva, afinal ninguém queria perder o lugar para a apresentação de Ross The Boss, que substituiu a banda Angel Witch no lineup. Ouvi muitos comentários de fãs desapontados por não vererem o Angel Witch (que há anos promete vir ao Brasil e sempre cancela) .

Mas Ross The Boss é tão grandioso quanto e sua apresentação foi impecável, considerada por muitos o ponto alto do primeiro dia do Setembro Negro e também o ponto final desse grandioso primeiro dia.

 

12:00 – 12:30 – THE BLACK SPADE
12:50 – 13:20 – MALEFACTOR
13:40 – 14:15 – INTROTYL
14:35 – 15:15 – FACADA
15:35 – 16:15 – HEADHUNTER DC
16:35 – 17:15 – MASACRE
17:35 – 18:20 – CONAN
18:40 – 19:25 – BRUJERIA
19:45 – 20:35 – HARAKIRI FOR THE SKY
20:55 – 21:55 – ROSS THE BOSS

* Galeria de fotos do Segundo Dia: Gustavo Diakov/Metal no Papel

SETEMBRO NEGRO FESTIVAL 2022 – 2º DIA

A recepção do segundo dia do festival Setembro Negro já era “famíliar” e pouco “burocrática”, o que é algo excelente quando se trata de um festival deste porte. Foi bom ver rostos repetidos ali, isso mostra que muitos optaram por estar lá todos os dias. Novamente o início foi pontual, abertura da casa às 11h e início das bandas ao meio-dia.

A primeira banda foi o Havok 666, um duo poderoso de Brutal Death Metal. Os caras são poderosos e vieram com setlist muito bom divulgando o álbum “Sodomized By Divine Order”. Como o grupo tocou logo no começo, a apresentação foi para poucos. Mas posso afirmar, que quem conseguiu vê-los com certeza vai querer repetir a experiência, para aqueles que não puderam, perderam uma aula.
Às 12h50 os Neuroticos subiram ao palco para continuar com a linha que o Havok 666 havia iniciado a tear. Se trata de uma banda nipo-brasileira, de Hiroshima, composta por três brasileiros e um japonês. Tocando um Death Metal muito similar ao da banda anterior, com um porém. Estes caras são bem mais diretos! Com o som repleto de peso e brutalidade, seu setlist trouxe músicas do último disco “Kill For God” de 2019 explodindo as mentes dos presentes. Foi incrível.

No afiar das facas, após a brilhante apresentação dos Neuroticos, o Knife veio com uma presença incrível. Os caras que agora posso considerar meus amigos, brilharam. Presença de Vince Nihil é maravilhosa! Aliás, da banda por completo! O grupo tem somente três anos e parece que está junto a trinta, pois mostra-se muito afiado quanto a presença e intimidade no palco. O Metalpunk / Speed deles é enérgico espero vê-los novamente em breve por aqui. Nos deixou com desejo de muito mais.
Após a devastação do Knife, o Gatecreeper subiu ao palco e mostrou que os garotos bonzinhos sabem fazer Death Metal. Eles não carregam no visual como é comum nas bandas do estilo, mas eles tem a presença e a qualidade! O Gatecreeper vem divulgando seu EP “An Unexpected Reality” e seu full album “Deserted”. A banda tem viajado entre a elite do Death Metal e a multidão foi presenteada com uma masterclass de um grupo que não é apenas agradável em sua estética musical, mas têm o dom de acender o caos absoluto no pit. “Sweltering Madness” é uma abertura insana, com os riffs obliterantes do meu amigo Israel Garza e do Eric Wagner, eles incitam a multidão a bater suas cabeças em uníssono, enquanto o frontman Chase Mason lidera e põe respeito com sua voz poderosa. Os americanos colocaram uma multidão no segundo dia do festival e com certeza mostraram uma excelência brutal.

Após os garotos do Arizona, foi vez do Psycroptic entrar. O nível de musicalidade desta banda seria difícil de superar, abrindo com uma brutal “We Were The Keepers” e a favorita “Carriers Of The Plague”.O vocalista Jason Peppiatt estava dando tudo humanamente possível para elevar a multidão. Ele fez a galera presente tremer, a atmosfera era insana.

A banda existe desde 1999 e vem divulgando o álbum Divine Council. Eu poderia falar dias sobre eles e o quanto o festival foi feliz com todo esse cast. Os australianos são uma brutalidade só. Tenho certeza que haverá algumas dores no pescoço por causa do bate-cabeça sem fim que a banda proporcionou. Que noite!

Chegamos ao momento do Helheim, que vem divulgando Wodurida R, álbum de 2021. O grupo tem uma longa trajetória, estão em atividade desde 1995. Eu mesmo só tinha ouvido falar, mas vê-los ao vivo foi magnifico. Possuem uma similaridade com o Enslaved, e de forma objetiva, se formaram na mesma época, seguiram uma direção semelhante. Os vocais têm aquele impacto quando a língua norueguesa é cantada, cheio de corais e ritualismo. Kaldr solta a voz de maneira magistral e linhas suaves são hipnotizantes.

Na sequência, apresentou-se o Suicidal Angels, grupo grego que existe desde 2001. Eles fazem um Thrash Metal de palhetadas rápidas e muito peso, com uma pedrada atrás de outra pedrada. Começaram com “Endless War” e já levaram a galera a loucura. “Em Born of Hate” não foi diferente. Nesse momento, se a casa já estava abarrotada no Gatecreeper, imagine com o Suicidal Angels no palco? Era impossível se mover com tranquilidade,. Para completar, o pit estava mais rápido do que um liquidificador. Os caras não sabem brincar em serviço, foi um show brutal.

Às 18h40, entraram os moços do Weedeater que fazem um Stoner largado e barulhento. O vocalista e baixista é uma figura a parte, fazia caretas e coçava sua bunda de modo desleixado, enquanto incentivava o publico a “fumar um”. O som deles é diretamente ligado a esta temática e com certeza devem ter “dado um tapa na pantera” junto com os fãs depois do show.

Logo depois, o Heathen entrou em cena. Lendas do thrash da Bay Area, assim como os caras do VIO-LENCE, estão de volta! Os veteranos trouxeram muita coisa nova do seu pequeno hiato, está muito diferente do que conhecemos do passado. Mo momento em que “Dead And Gone” foi executada era possível ver cabeças se descolando de pescoços de tanto que a performance dos caras estava afiada.

No fim da noite, o VIO-LENCE se apossou do palco e trouxe em sua performance como atração principal uma aula. Mostraram que não estavam para brincadeira. Veteranos do Thrash/ Death da Flórida, revelaram o porquê são idolatrados. Eles não baixam de nível nunca, mesmo depois de um hiato de 20 anos sem novidades parecem que melhoraram com a idade. Sean Killian cantando “Phobophobia” e “Serial Killer” foi animal. Além de ouvir novidades, como “Flesh From Bone” que está no “Let The World Burns”, álbum lançado agora em 2022.

 

12:00 – 12:30 – HAVOK 666
12:50 – 13:20 – NEUROTICOS
13:40 – 14:15 – KNIFE
14:35 – 15:15 – GATECREEPER
15:35 – 16:15 – PSYCROPTIC
16:35 – 17:15 – HELHEIM
17:35 – 18:20 – SUICIDAL ANGELS
18:40 – 19:25 – WEEDEATER
19:45 – 20:35 – HEATHEN
20:55 – 21:55 – VIO-LENCE

* Galeria de fotos do Segundo Dia: Bel Santos/Metal no Papel

 

SETEMBRO NEGRO FESTIVAL 2022 – 3º DIA

Chegamos no último dia dessa jornada extasiante que foi o Setembro Negro. Após a abertura da casa, o Sodoma iniciou os trabalhos do dia. O grupo chegou com tudo, os pessoenses vem divulgando o álbum “Animaligna” e surpreenderam demais! O vocalista Daniel Hate explode visceralidade e brutalidade ao vivo, foi um espetáculo a parte. Um bom começo de evento.

Logo a seguir, veio o Exterminate. Todos os membros do grupo são exímios musicistas e trouxeram precisão e extremismo acima de qualquer ressalva. Uma coisa posso dizer, Exterminate prova a cada riff que eles podem fornecer uma atmosfera intensa com um equilíbrio de equalização, vocais brutos e fortes. Um show incrível que recomendo para quem não pôde acompanhá-los nesse festival.

Às 13h, o Rot começou sua apresentação. Formada no meio underground em 1990, na cidade de São Paulo, a banda segue um Grindcore Old School, com letras abordando problemas sociais, experiências pessoais, ódio e contra toda forma de opressão. Fizeram o que é esperado de uma banda de Grind, diretos e retos. Sem firulas ou falação. Cantando faixas do álbum Organic, o quarteto se mostrou ainda mais selvagem, desgraçado e embrutecido: um impiedoso rolo compressor sonoro. No meio do seu repertório, o vocalista Henrick Dario dedicou uma das canções ao baixista/vocalista Alexandre “Bucho” Strambio, vitimado pela pandemia de Covid-19. Não podemos esquecer a celebre frase dita pelo Henrick: “Foda-se o Bolsonaro”. Uma réplica ao coro dos presentes, como os caras são ligados à política, o protesto era algo inevitável.

Em sequência Inter Arma subiu ao palco. Testemunhar uma banda DIY (Do It Yourself) como Inter Arma realizar um set impecável e emotivo foi um deleite raro. Eu tive o privilégio de estar na frente do pequeno público presente. Muitas vezes Paparo estava acima de mim enquanto gritava esgarniçadamente. Fiquei impressionado com toda a banda, simplesmente não poderia ter sido melhor. Enquanto o ROT fez um show direto, o Inter Arma absolutamente mostrou que são capazes de serem sujos e arrastados e com certeza conquistaram muitos fãs. Vale a pena para qualquer fã de Stoner / Doom pegar o som dos caras para sacar se puder.

Às 15h35 o Soulburn assume o front, a banda basicamente é o Asphyx após sua primeira separação. Os caras estão desde 1996 fazendo história, saíram explicitamente do death metal do Asphyx e também tentaram o máximo se separar das misturas de black/thrash metal fortemente predominantes no cenário Holandês. Bastante pesada e incrivelmente sombria, a banda captura o espírito da perdição enegrecida em seu som. Você até consegue algumas infusões de black/thrash que soam muito melhor ao vivo. Em vez de se ater a uma abordagem direta, os caras decidiram adicionar um pouco mais de desgraça e morte à mistura do seu som. Twan van Geel consegue deixar seu vocal gutural com uma excelente estética e ainda podemos ver Eric Daniels explodir mentes com sua guitarra lacerante. Foi uma honra vê-los ao vivo.

Com o Soulburn deixando o palco, o Skeleton Remains assume e faz novamente o Carioca Club ficar lotado, Chris Monroy é um frontman incrível, o death metal norte americano da nova geração é fascinante! Absolutamente esmagadores por 30 minutos. O pit se abriu partir do momento em que as guitarras e palavras de ordem começaram e o metal extremo não parou até a banda deixar o palco.

Skeletal Remains é um nome que está crescendo em estatura e esta performance poderosa, juntamente com uma reação arrebatadora, é toda a prova que você precisa de que eles são a próxima grande coisa na música extrema.

Após as 17h35 o Black Metal reinou novamente. Os noruegueses do Mork assumiram o palco e trouxeram o visual e a atmosfera sombria necessárias para aquele momento. Thomas Eriksen, sabe conduzir esta aura. Apesar de serem da safra considerada nova ( dos anos 2000), o Mork traz tudo que o Black Metal tradicional proporciona, você pode sentir que ele derramou sua alma no palco. Ao ouvir, você não pode deixar de se impressionar. Foi um show repleto de emoção que flui tanto dos vocais quanto das guitarras e bateria. É esmagador de uma maneira muito boa e catártica, um verdeiro assombro.

Chegando ao momento em que os caras do Raven sobem ao palco. Sendo fã de Raven desde o início da minha adolescência, foi um prazer finalmente vê-los ao vivo. Embora sejam veteranos, os caras da banda parecem que não envelheceram nem um pouco. Mark (guitarra/vocal) e John (baixo/vocal principal) Gallagher, mostraram que não desaceleraram nem um pouco com seu som, tocaram o clássico álbum “All For One” e banda soou ótima. Soaram como unhas friccionando a pele de forma intensa, fazendo um show enérgico desde o início. Foi simplesmente impressionante ver essas lendas ao vivo.

Quando o relógio marcou 19h45 o Tribulation assumiu o palco. Eles tem uma sonoridade similar ao Black Death Metal do Dissection, Embora seu estilo tenha sido descrito como gótico, ou um simples black metal, uma coisa é certa, eles destroem! A partir do momento em que pisaram no palco, a energia foi carregada e não mostrou sinais de queda. A guitarra eletrizante de Adam Zaars e o baixo e vocal de Johannes Andersson foram o destaque constante da performance. Eles não são apenas habilidosos, eles também sabem como fazer um show, movendo-se energicamente pelo palco e sempre claramente se divertindo inspirando um mosh pit entre os membros mais devotos do público. Foi memorável.

Chegamos ao fim da noite com a lendária e mais esperada banda do festival, o Diamond Head. Em sua primeira apresentação no Brasil, eles destruiram tudo. Deixando um rastro de energia e êxtase.

Abriram com ‘The Prince’ e executaram “The Messenger” de seu recente álbum ‘The Coffin Train’ foi algo de pura contemplação. A Gibson Flying V de Tatler não para durante a maior parte do set. Ele se mantêm firme e poderoso, exceto excepcionalmente por ‘Am I Evil’ – a canção que liga gerações! Esses caras são os donos dessa canção que o Metallica propaga em seus shows, e é a que a maioria dos foliões desta noite se lembrará. Rasmus Bom Andersen é o vocalista atual, ouví-lo cantar esse hino é como ganhar um presente divino. Tatler, o único membro fundador remanescente, fez um ótimo show com muita energia e emocionou ao cantar ‘Helpless’, ‘Lightning to the Nations’ e ‘Sweet e Innocent’ todas as primeiras faixas do primeiro disco do Diamond Head.

Quando Diamond Head deixou o palco e decretou o fim dos três dias mais insanos de nossas vidas, foi como se parte de mim tivesse sido tirada. Foi um festival repleto de boas bandas, boas práticas e boas amizades. Tumba Productions e todos os demais envolvidos estão de parabéns com a estrutura, suporte e respeito ao público após a espera de 3 anos. Que venha o Setembro Negro 2023!

 

12:00 – 12:30 – SODOMA
12:50 – 13:20 – EXTERMINATE
13:40 – 14:15 – ROT
14:35 – 15:15 – INTER ARMA
15:35 – 16:15 – SOULBURN
16:35 – 17:15 – SKELETAL REMAINS
17:35 – 18:20 – MORK
18:40 – 19:25 – RAVEN
19:45 – 20:35 – TRIBULATION
20:55 – 21:55 – DIAMOND HEAD

* Primeira galeria de fotos do Terceiro Dia: Anderson Hildebrando/Metal no Papel

Galeria de Fotos

* Segunda galeria de fotos do Terceiro Dia: Marcelo Catacci/Headbangers News

Galeria de Fotos

Agradecimento especial: Maria Correia e os fotógrafos da equipe do Metal no Papel pelas fotos cedidas.

Carioca Club

Data: 04/09/22

Horário: 11h

Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros