Entrevistas

A banda anônina Dead Storm Rising: “Desde o início, queríamos que nosso trabalho fosse puramente sobre a música – não sobre nossas personalidades individuais”

A banda anônina Dead Storm Rising: “Desde o início, queríamos que nosso trabalho fosse puramente sobre a música – não sobre nossas personalidades individuais”

17 de maio de 2025


Dead Storm Rising é uma banda anônima de Gothic/Doom Metal fundada em Seattle. O trio entrelaça música melancólica com melodias assombrosas que ressoam profundamente na alma de seus ouvintes, inspirando-se em nomes como Paradise Lost, Lacuna Coil e Tool. A banda combina elementos de gothic metal, doom metal e influências progressivas para criar um som único que mergulha nas profundezas das emoções humanas, explorando temas de desespero, introspecção e a beleza assustadora da escuridão.

O projeto misterioso não divulga imagens ou nomes, mas o Headbangers News conversou com Kitsune, que interpreta os vocais femininos, piano e sintetizador, e violoncelo. Ela nos contou um pouco sobre o projeto, planos para o futuro e o que atiça o público no som da banda.

Dead Storm Rising é uma banda anônima. Pode nos contar um pouco dessa história? Pretendo manter pra sempre esse mistério?

Desde o início, queríamos que nosso trabalho fosse puramente sobre a música – não sobre nossas personalidades individuais. O anonimato nos permite estar totalmente presentes com a música, sem as distrações do ego. Além disso, o véu sobre “nossos eus” individuais complementa o tom sombrio e introspectivo da música. No momento, não temos planos específicos para sair do porão, mas quem pode dizer o que o futuro reserva?

Sobre a sonoridade do seu trabalho, é um gothic doom metal com algumas outras influencias. Como chegou nessa sonoridade?

Doom e gothic metal estão no cerne do nosso trabalho; nos inspiramos em artistas incrivelmente talentosos como Paradise Lost, Draconian, Lacuna Coil e Type O Negative. Criamos a música que queremos ouvir no mundo.

A banda promete causar impacto na indústria musical, oferecendo uma experiência auditiva comovente e memorável. O que podemos encontrar na sua música?

Se causarmos impacto na indústria, tudo bem, mas não é exatamente por isso que estamos aqui. Estamos mais interessados ​​em causar impacto no ouvinte, dando-lhe espaço para abraçar suas partes mais sombrias – sua tristeza, culpa, isolamento e turbulência interior. Para isso, nossa música tende a canções pesadas, lentas e emocionalmente cruas, com temas assumidamente sombrios.

Qual seria o diferencial do  Dead Storm Rising para se destacar?

Você não nos verá seguindo tendências ou “o que vende”; não estamos interessados ​​em comprometer nossa arte na esperança de atender a qualquer outra pessoa. Trazemos à nossa arte estética e coesão sonora que criam uma experiência para nós mesmos e para o ouvinte.

“11 Ton Butterfly” é o primeiro single da banda. Como está a programação de lançamentos? Pretendem lançar mais singles, um álbum?

Este é o nosso segundo lançamento, na verdade. O primeiro também foi uma contribuição para a Bitume Prods, para a coletânea ‘Failure Tribute’. Temos outra faixa tributo em andamento para a Bitume, prevista para 2026 (desculpe, vocês terão que esperar para ver!), e atualmente temos material original em produção. Não temos um cronograma definido para os lançamentos, mas fiquem ligados, pois lançaremos as faixas assim que forem concluídas.

As letras contam histórias pessoas e intimistas, sem medo de se expressar. Como foi o processo de composição?

Primeiro, Wraith cria a estrutura musical e estabelece o conceito lírico. Em seguida, Raze assume o comando e compõe as letras com base no conceito, e então grava as faixas iniciais. A partir daí, Wraith e eu refinamos a música e gravamos as faixas instrumentais finais. Em seguida, os vocais finais com harmonias são gravados e a faixa é finalizada para o lançamento.

Qual mensagem que você quer passar através da sua música?

A mensagem para nossos ouvintes é que a escuridão faz parte da vida e de todos nós; você só pode ser verdadeiramente completo quando aceita isso e caminha com sua própria sombra. A negação só cria sofrimento.

Dead Storm Rising tem um estilo distinto. Como é criar um projeto musical nos dias atuais, onde existem vários novos artistas aparecendo? 

Está mais difícil do que nunca encontrar um espaço para sentar à mesa, sem dúvida. No entanto, também está mais fácil do que nunca criar e publicar novas músicas com o conjunto cada vez maior de ferramentas e recursos. No geral, eu diria que é um momento fantástico para ser músico, desde que seu objetivo seja algo mais do que simplesmente ser notado.

Qual é a sua maior ambição na música?

Nosso único propósito é criar músicas que gostamos e das quais possamos nos orgulhar. Esperamos que outros a achem tão agradável quanto nós, mas isso é apenas a cereja do bolo.

Para as pessoas que estão começando na música, que conselho você pode dar? Diria algo que você gostaria de ter ouvido quando começou?

Se você quer que sua música ressoe com o ouvinte, ela precisa ressoar com VOCÊ. Tocar o que você acha que outra pessoa quer ouvir não leva à expressão artística autêntica, e não há satisfação nisso para você ou seu público.

Quais os planos futuros? 

Antes de mais nada, planejamos compor e gravar novas músicas originais. Ao longo do caminho, continuaremos a refinar e evoluir nosso som e a explorar novos temas.

Pode deixar uma mensagem para nossos leitores e os fãs brasileiros?

Agradecemos profundamente o apoio do Brasil e o amor que compartilhamos pela música pesada. Esperamos que você fique ligado e se junte a nós para o que está por vir!