Resenhas

Invisible Queen

Holy Moses

Avaliação

9.5

Nove anos se passaram desde que o Holy Moses nos presenteou com essa obra maravilhosa que é Invisible Queen, o 13º álbum deste quarteto veterano alemão. E podemos afirmar sem hesitação que este é um dos melhores (se não o melhor) lançamento do ano.

No caso deste belo álbum, temos duas notícias, uma boa e uma má. A boa notícia é o lançamento do novo álbum depois de tanto tempo. Já a má notícia é que se trata do álbum de despedida da banda, conforme anunciado pela vocalista Sabina Classen, pioneira em introduzir mulheres cantando gutural no Metal nos anos 1980, quando o estilo era ainda mais machista do que é nos dias atuais.

Para colocar um ponto final nessa bela história, a banda trouxe um álbum que beira a perfeição do início ao fim, trazendo uma verdadeira aula de Thrash Metal. Palhetadas de guitarras que enlouquecem o ouvinte, somadas a baterias insanas e ao vocal inconfundível de Sabina Classen, fazem deste Invisible Queen um final honroso para quem esteve na cena por mais de quatro décadas.

A bolacha foi lançada mundialmente em 14 de abril pela Fireflash Records, ganhando uma versão brasileira da Shinigami Records. São os 47 minutos finais mais marcantes que uma banda poderia ter nos proporcionado, com muito peso, velocidade, brutalidade e um pouco de modernidade, que, somados ao Thrash vigoroso da banda, fazem uma despedida no topo, como era esperado por uma banda do calibre do Holy Moses.

As três primeiras faixas, “Downfall of Mankind”, “Cult of the Machine” e “Order Out of Chaos”, são perfeitas para abrir o álbum e mostram que a banda não veio para brincar. Além de rápidas, são técnicas, qualidade essa que vai se mostrando evidente nas demais faixas deste maravilhoso álbum. Podemos também destacar outras faixas como “Forces Great and Hidden”, que tem riffs poderosos, “Too Far Gone”, cuja bateria flerta com o Death Metal e seus blastbeats, a densa “Alternative Reality”, além da ultra técnica “Depersonalized”, que combina perfeitamente partes rápidas com outras mais cadenciadas.

A produção valoriza ainda mais o material encontrado aqui, pois conseguimos identificar com clareza todos os instrumentos. A capa também é outro destaque à parte e é assinada pelo húngaro Gyula Havancsák. Após a audição, você só vai querer repetir mais e mais a sequência das doze canções contidas aqui. É o som que não sai da playlist deste redator que vos escreve. Vai agradar em cheio aos fãs da banda e também aos admiradores de um bom Thrash Metal da escola alemã. Se você ainda não os conhece, aproveite que eles ainda estão por aí e conheça-os. Garanto que não irá se arrepender.