Resenhas

Jylhä

Korpiklaani

Avaliação

8.0

Jylhä, décimo primeiro álbum da banda finlandesa Korpiklaani, vai muito além do folk metal. É uma “geleia geral” de estilos musicais e influências, que é praticamente impossível de definir estilisticamente ou categorizar em um “nicho”.

Liricamente estão bem obscuros, inspirados nos assassinatos do Lago Bodom, em que três jovens morreram durante sua viagem de acampamento. O caso chocou toda a Finlândia e até inspirou o nome de outra banda do país, o Children of Bodom. Até hoje o crime não foi resolvido. Obviamente não sou fluente em finlandês, então acredito que tenha perdido muitas nuances do que o Korpiklaani pretendia com as letras. Prefiro nem entrar neste mérito.
Mas o muito louco em ouvir música de países “fora do eixo tradicional”, é que notamos semelhanças com nossa música nacional. “Leväluhta” é uma destas, juro que ouvi ali na introdução algo parecido com nosso forró. Mas é só um pedaço curto, não dá pra dizer que é uma “influência”. Somente é uma coincidência na sonoridade entre o folk finlandês e a nossa música popular.
A energia e a diversão estão sempre presentes nos álbuns do Korpiklaani, a variação que eles apresentam impressiona. Nada soa igual ou repetitivo, cada faixa tem sua própria história e vida própria.
“Verikoira”, por exemplo, parece ter saído de uma álbum do Judas Priest finlandês, assim como “Sanaton Maa” flerta com o metal melódico. Com toda a certeza se trata de uma obra atemporal e divertida, com momentos revigorantes em tempos tão incertos como os que estamos vivendo. Tem que ser um sujeito muito chato pra não curtir o som feito por estes bêbados nórdicos, cujos integrantes parecem ter saído de uma obra de J. R. R. Tolkien.