Resenhas

The Evil On All of Us

Suck This Punch

Avaliação

8.0

“The Evil On All of Us” (O Mal em Todos Nós) é o segundo álbum da carreira do Suck This Punch, banda natural de Limeira, interior de São Paulo, que entrega nove faixas de peso e musicalmente muito bem trabalhadas. O trabalho foi financiado através do Edital de Apoio à Produção Cultural de Araras (Lei Aldir Blanc) e lançado pela gravadora Voice Music em Abril deste ano. Com harmonias, riffs e camadas muito interessantes, o grupo tem groove e usa recursos que me arrisco dizer até simples, porém muito bem empregados.

No release que recebi da assessoria, há uma declaração que define todo o conceito que dá nome à obra. “Trata sobre o mal que está sob o homem e também sobre o mal que ele cria para si e para os outras pessoas. Toda a angustia, mágoa, depressão, raiva e temores que são guardados e enterrados do qual acaba criando monstros, pessoas perdidas que acabam se tornando alienadas, escravas de um sistema que suga seu tempo e suas mentes, e as tornam cegas, sem direitos à pensar ou ter uma opinião sobre algo. Muitas vezes essas pessoas se escondem atrás de máscaras, fingindo um mundo perfeito de uma mente em caos e barulhenta. Mas o que ela não entende é que a melhor arma contra todo esse sistema em caos é ela mesma.”, diz o vocalista Tadeu Bon Scott.

Definida a vibração e a ideia em torno da obra, posso dizer que um dos maiores destaques é a percussão. Principalmente na faixa “Sons of War” (uma das melhores do álbum), que me agradou demais e que claramente presta uma reverência à cultura da ancestralidade brasileira.
Creio que não dá para rotular este álbum a algum estilo. Ele vaga do hard rock ao metal, com pitadas de melodia e de riffs distorcidos do thrash. “Coward”, por exemplo, tem uma pegada country e folk que vai subindo o tom e se transformando em algo mais pesado.
O álbum como um todo passeia em diferentes direções e sonoridades, mas isso não quer dizer que falta coesão e harmonia. As intenções da banda parecem terem sido atingidas, exibindo toda sua “caixa de ferramentas” e recursos. Explorando tudo o que desejavam com relação ao peso e à técnica que possuem.

Formação:
Tadeu Bon Scott – vocal
Phil Seven – guitarra
Matheus Bonon – baixo
Giacomo V. Bianchi – bateria