Resenhas

The Silver Doors

The Silver Doors

Avaliação

9.0

O The Silver Doors. Originários das montanhas de Asheville, Carolina do Norte, é um quarteto composto por Brett Kent no baixo e vocais, Bryce Alberghini na bateria, Justin Lawrence no violino elétrico e Alex Cox na guitarra e vocais. Juntos, eles formam uma sinergia sonora que desafia categorizações simplistas, mergulhando de cabeça em um universo de psicodelia, garage rock, blues e muito mais.

 

O álbum de estreia da banda é uma jornada auditiva emocionante, composto por oito faixas arrebatadoras, o álbum é uma montanha-russa de emoções musicais, que vão de Southern Rock / Folk Rock Alternativo e Psicodelia, tudo temperado com respingos de nostalgia e violino marcante.

O álbum de estreia auto-intitulado já inicia com um hino, “Redeemer”, que dá o pontapé inicial com sua energia explosiva, alimentada por riffs de guitarra distorcidos e uma seção rítmica pulsante que mantém o ouvinte grudado na beira do assento. É uma introdução poderosa ao mundo sonoro que The Silver Doors está prestes a desvendar.
Seguindo em frente, “Losing Hand” mostra uma proposta mais sombria, é como se acompanhássemos uma história do antigo oeste americano mergulhado em um clima sombrio e introspectivo. A guitarra icônica e o violino elétrico de Lawrence desempenham um papel fundamental aqui, adicionando uma camada de melancolia à medida que as letras ganham vida através dos vocais de Cox.

“Shattered” vem como um contraponto, com uma batida contagiante e mais simpática que cativa a cada nota. O violino canta os momentos da canção de forma brilhante aqui, tecendo linhas melódicas que se entrelaçam com a ferocidade da bateria de Alberghini.

Em seguida, somos levados para “Bulletteeth”, uma faixa que mergulha profundamente no grunge stoner, vocais distorcidos e com uma guitarra de groove irresistível que convida o ouvinte a se perder nas camadas de som criadas pela banda. A quinta faixa “Legwork” mistura psicodelia e garage rock, espirrando atmosfera do post punk evocando influências de bandas como Strokes e Young Giants. Aqui, o violino de Lawrence assume novamente o papel de protagonista, adicionando texturas etéreas à paisagem sonora da banda.

À medida que avançamos para “Gone”, somos envolvidos por um contra baixo mega presente e protagonista, onde as harmonias as guitarras parecem flutuar sobre um tapete de instrumentação exuberante, criando uma sensação de melancolia e lisergia.

“Holding Pattern” volta com o peso da energia, com sua introdução pesada e que se desenvolve em um crescendo emocionante, culminando em uma faixa com todos aspectos de clássico/ trilha. A faixa de pouco mais de 4min50 mantém um gingado misterioso misto de convite para o oculto. Um verdadeiro Hino.

Finalmente, “Dirtnap” encerra o álbum de forma enérgica e épica, com um riffs de guitarra raivosos e apelando para o ritmo “Stoner Numb”, arrastado e envolvente – como o efeito de entorpecentes. O álbum é uma obra-prima de psicodelia moderna, que captura a essência crua e apaixonante do rock “viajado”. Com suas oito faixas distintas, o álbum leva o ouvinte em uma viagem emocional e sonora que é ao mesmo tempo arrebatadora e edificante. Combinando influências que vão desde Night Beats e The Black Angels até Band of Skulls e QotSA, The Silver Doors criou um som único e inconfundível que deixará os fãs clamando por mais. Prepare-se para abrir as portas prateadas e embarcar em uma jornada musical que você não esquecerá tão cedo.