Resenhas

No Kings Or Gods

Trash Generator

Avaliação

8.0

Direto do sul do país, o trio Trash Generator estreia muito bem com No Kings Or Gods.

Barbaridade, tchê!

É do sul do país, mais precisamente de Montenegro/RS, de onde foi lançado “No Kings Or Gods” (2025), debut do Trash Generator.

 

O som do Trash Generator traz influências do hardcore melódico de Face To Face, Millencolin, Lagwagon e Garage Fuzz, mas também trechos mais truncados a lá Helmet e Dead Fish e até umas pesagens mais do metal aqui e ali, dando uma apimentada no disco. O resultado até poderia ficar desconexo, mas o grupo soube dosar a mão e entregar um disco muito bom.

As doze músicas de “No Kings Or Gods” (2025) foram produzidas entre 2019 e 2023, mas as gravações só terminaram em 2024, mas valeu a espera. Bem montadas e contando com um trabalho muito bom de mixagem e masterização feita por Esmute e de gravação pelo guitarrista e vocalista, Orlando Aguilera, tanto vocais quanto instrumental, ficaram bem distribuídos.

O grupo é um trio bem afiado, com músicas rápidas e diretas. Orlando Aguilera tem um vocal muito bom e canta em um inglês bem claro (mesmo sem as letras, dá para entendê-las apesar da velocidade que canta). O baixo do Cássio Araújo ficou bem destacado e Rafael Machado Kniest colocou umas boas viradas de bateria, além de umas metrancas aqui e ali, dando um peso extra ao som do Trash Generator.

Lançado até então apenas de forma virtual, “No Kings Or Gods” (2025) vai direto ao ponto. “They Live” abre o disco com na velocidade do hardcore melódico; “Venom Pours From The Pen” tem algumas metrancas aqui e ali; “Necessary Evil” e “Marker” são mais truncadas, mas com bom resultado; “Innocent Blood Spilled” é hardcore na veia e “Profiting From Pain” traz melodia e peso.

A arte da capa foi criada por Marcos Miller (@mmiller.nauseaimage) que, como um trocadilho, inspirado pelo título do disco, teve a sacada de desenhar King Kong e Godzilla.

Espero que “No Kings Or Gods” (2025) saia também no formato físico e que o grupo não demore tanto tempo para lançar mais material.

Uma baita estreia, guri!

Formação:

Cássio Araújo: baixo

Orlando Aguilera: guitarra, vocais

Rafael Machado Kniest: bateria

 

Faixas:

01 They Live

02 Locust Of Soul

03 Into The Storm

04 Shark Eyes

05 Venom Pours From The Pen

06 Necessary Evil

07 Markers

08 There Is Something In The Waters

09 Millions Of Bad Decisions

10 Dystopian Veil

11 Innocent Blood Spilled

12 Profiting From Pain