Formada em 2009 em São Carlos, São Paulo, por Felipe Silvini e Lucas Duarte, o ASKE está chegando ao seu segundo álbum, intitulado “Vol. II”. Com uma boa mistura de Death e Black Metal, a banda apresenta um som bem trabalhado e com muito elementos melódicos e harmônicos em suas composições, onde as guitarras densas dão um tom mais soturno e macabro ao som, tornando tudo bastante sombrio e pesado. Vamos conferir esse trabalho que chega pela gravadora Eternal Hatred Records.
“Sinner” inicia os trabalhos com uma pegada mais arrastada, com uma base pesada e harmonias bem melódicas que engrandecem a faixa. “No Soul To Sell” já traz um pouco mais de energia, com um bom trabalho dos bumbos duplos e um riff mais empolgante. Na mesma pegada, “Music Knows No Allegiance” apresenta riffs mais agudos e melódicos que, de certo modo, lembra o som da Crypta em muitos momentos. Com muita inspiração no Motörhead chega “Represente Satanás“, com letras em português, tem o DNA dos ingleses. Faixa mais divertida do álbum.
“The Origins of Satan” tem acordes sem distorção em seu início, como um prelúdio ao que está por vir, uma faixa com um certo Groove, com um refrão mais arrastado e bem tocado, com certas harmonias fortalecendo o mesmo. Uma marcha introduz “Royalist“, que logo traz riffs bastante pesados, com uma atmosfera bem densa e bateria com compasso cadenciado. Ótima faixa. Outra composição em português é “A Bruxa e o Cardeal“, uma faixa mais “pra cima”, com ótimas adições harmônicas.
Chegando na reta final do álbum, quem puxa o carro é “Eva (Tears from Sodom)“, com ótimos riffs, um andamento médio, acelerando em momentos pontuais. O destaque fica para o bom trabalho das guitarras, com boas variações e uma ótima condução da faixa. “The Woodcutter” conta com boas variações de tempo, sempre com um ótimo riff conduzindo a faixa. Refrão sólido, com um toque melodioso da guitarra, que ainda apresenta um solo muito bem tocado. Fechando os trabalhos, “Pazuzu (Lost into a Valley of Rot)” é mais cadenciada em comparação as anteriores, é a qual mais tem a presença do baixo, que se destaca nos versos com ótimas linhas. uma boa escolha para fechar o álbum.
Primeiramente, gostaria de destacar a ótima produção, que ocorreu no 1979 Estúdio e garantiu uma qualidade acima da média das bandas do underground. Um álbum muito bom e dinâmico, com músicas que não passam dos cinco minutos, diretas e de fácil assimilação. Só senti um pouco a falta de um baixo mais potente, mas fora isso, está tudo bem encaixado e merece sua audição.
Tracklist:
01. Sinner
02. No Soul To Sell
03. Music Knows No Allegiance
04. Represente Satanás
05. The Origins of Satan
06. Royalist
07. A Bruxa e o Cardeal
08. Eva (Tears from Sodom)
09. The Woodcutter
10. Pazuzu (Lost into a Valley of Rot)
