Resenhas

War Against All

Immortal

Avaliação

9.5

A lenda do Black Metal, Immortal, chega ao seu 10º álbum de estúdio com “War Against All”. O aguardado novo trabalho chega após cinco longos anos desde “Northern Chaos Gods”, álbum que agradou bastante a crítica e fãs. Isso já é uma vitória em um nicho tão afunilado do gênero. Demonaz está implacável, ácido e com muito sangue nos olhos, prometendo um álbum com todas as características que o fã deve esperar do Immortal. Vamos a resenha!

A faixa-título chega e te dá um soco na cara sem dó! Com blast beats atacando as caixas de som e os tradicionais riffs agudos cheios de velocidade, é uma boa pedida para abrir os trabalhos. “Thunders of Darkness” não tira o pé do freio e engata a quinta marcha com a mesma pegada da anterior. Sem tempo para descanso. As coisas só desaceleram a partir de “Wargod“, uma faixa mid-tempo que aproveita muito bem uma roupagem mais forte das guitarras, com os pedais duplos aparecendo pontualmente com muita competência. Uma passagem de guitarra limpa rouba a cena na metade da faixa, nos levando para uma ponte veloz e empolgante com uma pegada que lembra o Venom clássico.

“No Sun” volta com os blastbeats te atacando novamente. Um grande riff comanda a faixa que passa por uma mudança de andamento logo nos primeiros versos. A faixa parece um grande hino do Heavy Metal, com certo tom melodioso em alguns pontos, mas com o vocal tradicional de Black Metal. Combinação muito agradável. Continuando, “Return to Cold” usa novamente uma passagem limpa nas guitarras e logo incorpora um Judas Priest em um andamento pra cima com uma pegada tensa pairando durante toda a faixa. “Nordlandihr” é uma instrumental épica, com um campo harmônico muito bem construído, dando mais detalhes e enriquecendo sua execução. Faz bom uso das guitarras sem distorção em momentos específicos e podemos dizer que é a faixa mais progressiva da história do Black Metal.

Na reta final, “Immortal” ilustra exatamente o porquê de levar o nome da banda, pois ela é uma faixa que deve ser apresentada para alguém quando perguntarem o que é o Immortal. Tem todos os elementos notáveis, os riffs agudos, os blast beats, a mudança no compasso para algo mais puxado para o Heavy Metal e os vocais tradicionais do Black Metal. Fechando o álbum temos “Blashyrkh My Throne”, uma faixa que mantem um certo tom melancólico. Seu andamento remete ao Metal tradicional mais uma vez e ao seu decorrer, faz jus a escolha de ser a faixa de encerramento, pois deixa uma sensação de dever cumprido.

O Immortal mostrou que dá sim pra fazer Black Metal com uma boa produção, não 100% limpa como o Behemoth tem feito ultimamente, mas uma mixagem decente, volume balanceado e um som mais polido não fazem mal a nenhum gênero musical, por mais que a cartilha do estilo indique o contrário. Demonaz prova de novo que pode muito bem andar com as próprias pernas e entrega um trabalho muito consistente e com ótimas composições. É ótimo saber que a banda está com muita força e continua escrevendo sua história, afirmando que é uma das maiores do gênero.

Tracklist:

01. War Against All
02. Thunders Of Darkness
03. Wargod
04. No Sun
05. Return To Cold
06. Nordlandihr
07. Immortal
08. Blashyrkh My Throne