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Accept em São Paulo: Clássicos e mais clássicos para um Carioca Club lotado

Accept em São Paulo: Clássicos e mais clássicos para um Carioca Club lotado

2 de maio de 2024


Crédito das fotos: Carlos Pupo/Headbangers News

A resistência do headbanger paulistano foi colocada à prova nesses últimos dias. Afinal, depois do Summer Breeze Festival, chegou a hora de rever a lendária banda alemã Accept com o seu primeiro show da Humanoid Tour 2024 no Carioca Club. Após, a banda segue com várias datas pela América Latina retornando para mais quatro apresentações em terras brasileiras. Essa turnê conta com o guitarrista Joel Hoekstra (Whitesnake. Night Ranger), substituindo Philip Shouse que não pode participar dessa empreitada.

A abertura ficou a cargo da banda russa Amalgama, formada em 2001 e que acaba de lançar seu novo álbum “Mastermind”. Com um som calcado no heavy metal tradicional com porções de hard rock – o vocal lembra Klaus Meine (Scorpions) em vários momentos – a apresentação empolgou o público que já tomava o Carioca Club quase em sua totalidade.

Com um setlist de quarenta minutos, algumas canções chamam a atenção: “Brothers In Rock”, “Dark Night” e, especialmente, “Back To The 80’s” que encerrou a apresentação. Uma grata surpresa para todos que, assim como eu, não conheciam a banda.

Formação:

Vlad “Graf” Ivoilov: vocal

Timo Somers: baixo

Joey Marin De Boe: bateria

Andrey Smirnov: guitarra

Setlist

Dark Lacroix
Mastermind
Amulang
Fight For Freedom
Brothers In Rock
Sping of my Life
Dark Night
Beat Of Your Heart
Back To The 80’s

Às 20h, com o local completamente lotado, o tanque alemão adentra ao palco com “The Reckoning” e “Humanoid”, faixa título de seu recém-lançado álbum – tão “recém-lançado” que parte da platéia ainda não conhecia as canções. Algo que mudou drasticamente em “Restless And Wild”, um dos maiores clássicos da banda que fez todos berrarem o refrão.

A empolgação continua nas alturas com “Midnight Mover” e “London Leatherboys” e é impressionante como Mark Tornillo conseguiu substituir Udo Dirkschneider, fazendo com que nenhum fã teça comentários sobre a mudança. Que existe ali a influência de Udo não há duvidas, mas ele acrescenta algo pessoal nas interpretações.

Hora de escutar um passado recente com “Dying Breed” e “Overnight Sensation”, canções da “fase Tornillo” que começa a enfileirar clássicos para deleite do público. Joel Hoekstra, agora devidamente apresentado, se mostra perfeitamente entrosado com a banda e o ataque com três guitarristas funciona muito ao vivo como se nota no medley batizado com o curioso nome de “Riff Orgy”. A sequencia com “Breaker” volta a esquentar ainda mais os ânimos, se é que isso é possível com as altas temperaturas que assolam a capital paulistana nesses dias.

“Ravages Of Time” e “Shadow Soldiers” são mais cadenciadas, como se dessem um leve ‘descanso’ à plateia para a metade final do show: “Princess Of The Dawn”, “Fast As A Shark” e “Metal Heart”são clássicos da história do heavy metal com o público cantando, agitando e respondendo a cada movimento da banda, especialmente Wolf Hoffmann – líder incontestável que exerce o papel de um técnico responsável por colocar em campo um time entrosado.

O encerramento se dá com duas faixas do excelente “Blood Of The Nations”, justamente o álbum que apresentou Mark Tornillo: “Teutonic Terror” e “Pandemic”.

Sem demorar muito, retornam para o encore com “Zombie Apocalypse” e o Carioca Club praticamente explode aos primeiros acordes de “Balls To The Wall”, mas ainda teve “I’m A Rebel” que, com sua pegada mais rock ‘n’ roll, encerra o show de forma apoteótica com os integrantes na frente do palco em sua icônica coreografia.

Apesar do setlist cumprir bem a sua função de apresentar canções novas, é na hora dos clássicos que a plateia mais se manifestou. Não pela qualidade musical, pois as novas composições são excelentes, mas pelo poder que a música tem de nos transportar à um passado onde ficávamos esperando algum dos poucos programas musicais passar o vídeo de “Balls To The Wall”, “I’m A Rebel” ou “Restless And Wild” – e essa sensação fica guardada.

O Accept está na ativa há quase 50 anos, muitos fãs já estão com cabelos brancos, mas nessas duas horas todos voltaram a ser adolescentes e aproveitaram cada momento dessa apresentação.

 

Formação:

Mark Tornillo: vocal

Wolf Hoffmann: guitarra

Uwe Lulis: guitarra

Joel Hoekstra: guitarra

Martin Motnik: baixo

Christopher Williams: bateria

Setlist

The Reckoning
Humanoid
Restless And Wild
Midnight Mover
London Leatherboys
Dying Breed
Overnight Sensation
Demon’s Night / Starlight / Losers And Winners / Flash Rockin’ Man – “Riff Orgy”
Breaker
Ravages Of Time
Shadow Soldiers
Princess Of The Dawn
Fast As A Shark
Metal Heart
Teutonic Terror
Pandemic

Encore

Zombie Apocalypse
Balls To The Wall
I’m A Rebel

 

Galeria do show