Entrevistas

Charles Felix (Pressive): “Ninguém nos disse que viveríamos os dias de hoje, muito menos que teríamos que nos preparar para isto”

Charles Felix (Pressive): “Ninguém nos disse que viveríamos os dias de hoje, muito menos que teríamos que nos preparar para isto”

25 de novembro de 2020


A banda Pressive é uma banda mexicana, especificamente de Guadalajara, que compartilha o mesmo sonho com diversas bandas ao redor do Mundo. Formada por Charles Felix (Baixo, Sintetizadores), Lorenzo Prats (guitarra), Andres Prats (bateria) e Josue Alejandre (vocais), o quarteto está promovendo o EP Nightmare, que traz muitos elementos do assim chamado Rock Alternativo. A banda trabalha muito bem a voz do excelente vocalista Josue Alejandre em Nightmare e a faixa Historias, cantada completamente em espanhol, traz uma identidade muito bacana á banda. Conversamos com Charly Felix sobre a luta da banda no meio de uma pandemia, influências e claro, o que o futuro reserva para este talentoso quarteto. Confira!

Você poderia escrever um pouco sobre a banda e as influências?

Charly Felix – Meu nome é Charly Felix, baixista da banda e desde que começamos há quase 14 anos atrás tivemos muita influência de Nu Metal assim como também do Rock Alternativo e Metal Alternativo. Por muitos anos nossas principais influências foram Deftones, Linkin Park, Korn, Tool, A Perfect Circle e os últimos anos variaram em Muse, Bring Me The Horizon, Periphery e Gojira.

Vocês lançaram um novo single chamado Nightmare. Você pode escrever um pouco sobre como esse single foi escolhido para ser a faixa promocional do novo álbum?

CF – Nightmare é uma música em que trabalhamos por muitos meses, foi produzida e mixada por um amigo nosso chamado Robby Joyner em Autin TX. A música tem uma carga forte de sons eletrônicos e sintetizadores, algo em que trabalhamos desde 2 álbuns atrás, a música é focada na fragilidade que o ser humano tem de seus próprios medos, como estes fazem parte de suas ações, suas decisões e seus seus passos que desempenham um papel nas consequências disso, este álbum conta uma história sobre como devemos nos superar e manter os pés no chão sobre o que nós e todas as pessoas neste mundo estamos vivendo atualmente.

O videoclipe para a música é sombrio e obscuro, algo que sinceramente pode ser esperado de uma música com um climão como a faixa Nightmare. Você pode escrever um pouco sobre o clipe e a ideia por trás dele?

CF – Claro, a ideia do vídeo é representar os pesadelos do personagem da música, falando sobre seus desejos profundos de se sentir sozinho, nas sombras, com medo e ao mesmo tempo pensar que poderia ser tudo em sua cabeça. Querer acordar de seus pensamentos nas sombras. O vídeo é conceitual e tudo isto dentro de um hangar escuro e com partículas de sujeita e pó no ar girando em uma sensação pós-apocalíptica. A mudança radical nos tons das cores equivale à ideia de que isso pode ou não tirar minha vida.

O que você pode nos antecipar sobre o novo álbum?

CF – O novo álbum será um EP de apenas 6 músicas das quais três já foram lançadas: Necesito Respirar, Historias (que são em espanhol) e Nightmare sendo esta a única música em inglês do material. O lançamento das três músicas será aproximadamente em Novembro e Dezembro acompanhadas a partir de um blog onde falaremos sobre o que queremos alcançar como banda, o que queremos compartilhar com o Mundo que não é só música, mas também um convite para melhorarmos como pessoas em termos de tudo que nos cerca, podem esperar músicas bem cruas e um pouco mais fortes no som.

O último lançamento da banda foi Odium. Qual era o objetivo deste novo álbum em comparação com o anterior?

CF – ‘Odium’ é um álbum que na verdade foi composto em 2008 onde por muitos anos baseamos nosso som quase que inteiramente em guitarras, gritos e sentimentos agressivos. Hoje somos mais positivos e experimentamos muito mais sons do que antes, sempre seguindo a linha de som que já caracteriza a banda.

Como esse novo álbum melhorou vocês como músicos?

CF – Muito, já que este álbum está sendo composto neste momento difícil em que ninguém nos ensinou a viver. Ninguém nos disse que viveríamos os dias de hoje e muito menos que teríamos que nos preparar para isto. Tentamos abordar temáticas positivas e focamos muito individualmente nos nossos instrumentos para captar tudo o que nos afeta como pessoas e nos melhora a cada dia que passa.

Como a pandemia está afetando a banda? Vocês estão ensaiando ou fazendo algo relacionado à música juntos?

CF – A pandemia afetou a banda de forma significativa. Alguns integrantes ficaram sem trabalho. Mas a pressão se tornou a nossa motivação e os nossos sonhos são muito maiores do que ela. A verdade é que como banda trabalhamos três vezes mais do que antes.

Qual é o futuro da banda?

CF – Temos muitos planos como banda, o lançamento completo do EP de Histórias ainda este ano e outro novo EP para 2021, além de podermos retomar turnês e shows o mais rápido possível.