Entrevistas

Mary Ann, artista portuguesa em ascensão: “Cresci com algumas excelentes influências que são referência na música brasileira”

Mary Ann, artista portuguesa em ascensão: “Cresci com algumas excelentes influências que são referência na música brasileira”

14 de março de 2023


Timeless Studio

Mary Ann é uma talentosa cantora e compositora em ascensão, nascida no Porto, Portugal. Em sua recente carreira, possui 2 singles já lançados, e tem mais 4 singles a serem lançados em 2023, trabalhando constantemente em novas músicas e também no lado de promoção e marketing. Ela está determinada a deixar seu legado e passar mensagens significativas por meio de sua música. A paixão de Mary Ann pela música e o desejo de inspirar outras pessoas fazem dela uma artista a ser observada na música alternativa e indie.

Para falar mais sobre sua carreira, Mary concedeu uma entrevista ao site Headbangers News.

Olá Mary, tudo bem? Para começar, para quem não conhece ainda a sua carreira, você pode contar um pouco sobre a sonoridade? O que podemos encontrar na sua música?

Olá! Antes demais, obrigada Jéssica por essa entrevista e oportunidade de mostrar um pouco mais do meu trabalho! Eu ouço um pouco de tudo: rock, pop, metal, eletrônica, soul, jazz, blues… E penso que isso se reflete na minha sonoridade. Nesta música, a nível do instrumental temos diversas influências tanto da minha parte como da parte do Mike (músico e produtor) Não gosto de me prender. Fazemos música sem pensar que soará/será mais Y ou X, até porque a música sofre sempre várias “mutações” até chegar no resultado final, que normalmente é bem diferente da demo inicial.

Pode falar sobre o conceito por trás de suas músicas? E porque decidiu cantar em inglês, ao invés de Português?

Tento fazer música sem pensar naquilo que estou fazendo, isto é, eu componho e escrevo aquilo que estiver sentindo no momento. Claro que tenho sempre uma inclinação para criar algo mais alternativo, mas não estipulo rótulos, se sair mais rock assim será, se sair mais outra coisa, assim será..  Não gosto de ficar presa e limitada a um estilo apenas, pois a minha música tem várias influências e não pode ser colocada numa gaveta nem ser rotulada de uma forma muito específica. Decidi cantar em Inglês pois é a língua com que me sinto mais confortável a cantar e a escrever. Outra razão é o objetivo de alcançar um público mais internacional, sinto que a música alternativa não tem um espaço tão grande em Portugal.

Você tem apenas um single lançado e segue trabalhando em novos lançamentos. O que podemos esperar dos próximos trabalhos? Há um álbum para ser lançado em breve?

Esse primeiro single será futuramente incorporado em um EP ou álbum, junto com outros singles que estão já “sendo cozinhados”. Todos eles dentro de uma temática semelhante abordando temas como consumismo, desequilíbrio, injustiça, consciência e saúde mental.

Ouvimos o novo single “Wake up Call”, e a canção tem uma energia misteriosa, uma vibe sombria com uma camada de rock alternativo. Como foi o processo de composição desse single e qual mensagem você quer transmitir?

Essa música contou com a colaboração do meu amigo produtor e músico, Mike More. A gente trabalhou a música juntos e tentamos trazer um pouco das influências de cada um de nós para o tema. A nível de letra e mensagem, este primeiro single “Wake Up Call” ,na suma, é uma crítica ao consumismo e superficialidade da nossa sociedade nos dias de hoje. A letra foi escrita em tempos de pandemia, quando estávamos todos confinados em casa. Foi uma fase em que refleti imenso sobre certos assuntos e um deles foi esse de olhar para a vida com outra perspetiva; de dar mais valor às pequenas coisas da vida.. e aqui a ideia foi tentar passar essa mensagem, essa reflexão. Para aqueles que estiverem dispostos a ouvir e refletir! Com isso, não quero dizer que devemos ser uma imagem de perfeição, pois todos acabamos por ser, de certa medida, vítimas do consumismo, do pecado.. Isto é, errar é humano, mas podemos sempre tentar encontrar um equilíbrio que seja mais saudável , me entende?

Quais suas inspirações na hora de compor e produzir? Como é esse processo, sendo uma artista independente e nova no cenário?

As minhas grandes influências na hora de compor são Florence + The Machine, In this Moment, Halestorm, Puscifer, Billie Eilish, Lana del Rey, Amy Winehouse…
Ser um artista independente é um desafio e uma batalha constante. Para além de cantar a gente : compõe, escreve, trata da gestão das nossas redes sociais, da distribuição da música, da criação de conteúdo digital; trabalhamos toda a parte da nossa imagem, fazemos sessões de fotos, gerimos a produção e conceitos dos videoclipes para as músicas; comunicamos com rádios, blogs, playlist curators, hosts de podcasts, revistas.. temos também de arranjar meios de gerar fundos para a criação e realização da nossa arte e ideias. A lista é imensa!

Qual é a sua maior ambição na música?

Gosto sempre de traçar objetivos concretos e fazer toda uma planificação e estratégia musical para as minhas músicas. Nesse momento, estou aplicando os conhecimentos obtidos no curso de estrategista musical que realizei com Nathy Faria (BR). Não gosto de partilhar os objetivos em concreto; posso dizer que todos os dias tento dar um passo de encontro a esses objetivos, sendo esse um processo gradual. Claro que a ambição é grande e trabalho sempre no sentido de alcançar novos fãs. Para mim a música é feita de ligações e troca de energias.

Para as meninas que estão começando na música, que conselho você pode dar? Diria algo que você gostaria de ter ouvido quando começou?

Não se sintam pressionadas pela sociedade, não se comparem a outros artistas “maiores” que vocês. Cada um de nós, artistas, estamos aqui para partilhar a nossa arte, para tocar as pessoas e isso é o mais importante, sejam elas 1000, 10.000 ou 100.000. Não deixem que a rejeição vos faça desistir, sejam persistentes, amem-se e partilhem com o mundo a vossa arte sem medo! Não esperem! Façam acontecer!

Existe algum artista ou música brasileira que você conhece e gosta?

Tendo eu uma costelinha brasileira (meu pai é carioca) cresci com algumas excelentes influências que são referência na música brasileira, como Tom Jobim, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, Gal Costa e Carmen Miranda.

Quais os seus planos futuros na música?

O plano no futuro próximo será o lançamento do videoclipe deste tema (produção da Golpe Filmes) com uma abordagem mais cinematográfica, convido todos a espreitar esse mesmo em inícios/meados de Março (data concreta a ser anunciada nos próximos dias, fiquem atentos!)  A partir daí estão programados lançamentos de outros singles ao longo do ano para incorporar mais tarde num EP ou álbum. Concertos ao vivo são sem dúvida um objetivo e mal posso esperar por sentir essa energia e vibe única que é dar um show ao vivo! São sem dúvida esses momentos que me dão mais prazer na minha carreira. Trabalho no sentido de atrair boas oportunidades e aguardo o que o universo tem reservado para mim!

Pode deixar uma mensagem para nossos leitores e os fãs brasileiros?

Tenho tido sempre um bom feedback por parte do Brasil e adoro a cultura brasileira. Quero agradecer o apoio que os brasileiros dão para a cultura em geral.
Convido todos a ouvir e divulgar a minha música assim como seguir minha jornada, acompanhando essa aventura pelas redes sociais e quem sabe um dia, a gente se encontre.