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Cannibal Corpse: integrantes falam sobre complexidade das composições

30 de agosto de 2023


O Cannibal Corpse está prestes a lançar seu décimo sexto álbum. “Chaos Horrific” é o segundo a contar com a formação atual, que conta com o guitarrista e produtor Erik Rutan desde 2019, quando passou a ocupar o lugar que era de Pat O’Brien, preso por tocar o terror em sua vizinhança. O baixista Alex Webster já avisou aos fãs que o álbum é uma espécie de continuação de “Violence Unimagined“, seu antecessor, lançado em 2021.

O Cannibal Corpse vem se destacando por ser uma das bandas mais brutais e ao mesmo tempo mais técnicas dentre as de seu estilo, sobretudo a partir dos anos 2000 e vem trazendo a cada disco, composições cada vez mais dotadas de complexidade. O guitarrista Rob Barrett falou sobre a evolução das composições ao longo do tempo:

Acredito que nossas composições progrediram de uma maneira em que cada música abre seu próprio caminho, ou seja, música direta ou técnica”. Às vezes, é uma mistura dos dois, então não há uma ideia pré-concebida de que queremos ser mais técnicos. A música meio que toma seu próprio curso”.

Alex Webster, um dos baixistas mais técnicos do Death Metal e que notabilizou ao tocar seu instrumento sem fazer uso de palhetas, concordou com seu colega de banda. Aspas para ele:

Não acho que houve nenhum esforço consciente para tornar as coisas mais técnicas, então se acabasse assim, seria apenas um resultado natural de tentarmos compor as músicas mais pesadas que pudéssemos”.

Erik Rutan, que já trabalha como produtor do Cannibal Corpse desde “Kill” (2006), também falou sobre as coisas fluem e dos desafios de explorar novos caminhos sem descaracterizar a sonoridade da banda:

Nunca entro em um disco pensando em nada, apenas deixo a composição fluir livremente sem limitações. Mas, desta vez, eu sabia que queria empurrar o envelope um pouco em uma direção diferente de Violence Unimagined; expandir a dinâmica, explorar novos territórios sem se afastar do que o Cannibal Corpse é e sempre será”.

A sugestão do título do vindouro álbum é sugestão do baterista Paul Mazurkiewicz. Quanto as letras, os fãs não poderão esperar nada diferente do trivial: luta contra hordas de zumbis (“Chaos Horrific“), seleção de um indivíduo qualquer para ser sacrificado e desmembrado (“Summoned for Sacrifice“), e vingança violenta das vítimas de tráfico humano (“Vengeful Invasion“).

O vocalista George Corpsegrinder Fischer está em um momento completamente diferente das coisas que ele canta em sua banda: essa semana ele fez uma postagem em sua conta no Instagram onde ele doou 7 sacolas de bichinhos de pelúcia ao hospital infantil Johns Hopkins All Children’s Hospital, localizado em St. Pete, Flórida. O detalhe é que os bichinhos foram todos “resgatados” pelo vocalista nas máquinas, ele que é conhecido pela sua técnica nestas máquinas de “pescar”.

Chaos Horrific” será lançado em 22 de setembro via Metal Blade na gringa e deverá ganhar também a versão nacional, para alívio dos fãs brasileiros. O último álbum foi distribuído por aqui através da parceria entre a Xaninho Discos e a Voice Music.