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Corrosivo Explícito lança single “Maquinários de uma Paz Subserviente”

Corrosivo Explícito lança single “Maquinários de uma Paz Subserviente”

11 de novembro de 2021


A one-man band, Corrosivo Explícito, está lançando neste mês de Novembro o single “Maquinários de uma Paz Subserviente”, que conta com 3 pílulas sonoras, ou faixas, como preferir, já disponíveis nas plataformas de streaming. Em paralelo, também está disponível o clipe da faixa título no YouTube, Facebook e Instagram.

Os símbolos que compõem a capa ditam a atmosfera do clipe. Os pregos enferrujados simbolizam incômodos passados, remorso, desejos  e ações reprimidas (por isso,  com as pontas apontadas para dentro), intrincados em nossas mentes. Estes incômodos, traumas e raiva mal processados se materializam em um mal para a própria pessoa  e também contra quem esteja à sua volta (simbolizado pelos pregos com as pontas para fora).

O grande símbolo de liga/desliga, diz respeito a como as pessoas  se apegam tanto a sistemas de ideias e crenças (religiosos, políticos, dentre  outros), assumindo uma dependência teórica mecânica  destes  (mas, nem sempre, prática, quando convém), nos quais a injustiça  alheia é deliberadamente justificável. Também possui duas linhas cruzando a linha vertical ao centro, acima deste, representando dois supostos extremos, o cristianismo e o anti-cristianismo, baseados em ideários simplistas  (e simplórios) para dividir as pessoas, em sociedades onde a religião tende a pautar os costumes e as vidas. Porém, estas linhas em verde também formam o símbolo de igualdade, ou algo como “Os extremos opostos passaram a dar a ideia de serem extremamente semelhantes, em sua essência ditatorial”.

As pílulas no primeiro plano representam a obsessão pela busca por “remédios” que apaguem todo mal estar pessoal, com uso de menos tempo possível,  um vício em curas para aflições que não dependem só da química do corpo,  mas também de reflexões conscientes, como, por exemplo, sobre o ódio. Doug argumenta: “Ódio, assim como uma doença, não se ‘cura’ simplesmente apontando para o outro coisas que pensamos sem assumir, mas sim, assumindo que o sente, admitir sofrer deste mal de nossos tempos, e assim, processá-lo, tratá-lo”. Vale lembrar que a crítica a medicamentos não se direciona à vacinação (vacinas salvam vidas!), mas sim, em sentido figurado, a busca incessante por argumentos e crenças que só se auto-validam, satisfazendo apenas a visões extremamente reduzidas e fantasiosas de mundo, “jogando na fogueira” (como as imagens dos nazistas jogando livros ao fogo, em algumas imagens do clipe) toda forma de conhecimento que esteja fora do que se é coagido a seguir.