Memory Remains

Memory Remains: AC/DC – 37 anos de “Who Made Who” e a banda parando em Hollywood

24 de maio de 2023

Em 24 de maio de 1986, o AC/DC lançava “Who Made Who“, que não é um disco de inéditas do quinteto mais amado da Austrália, mas não podemos em hipótese alguma desconsiderá-lo. Por isso, ele é o tema do nosso Memory Remains desta quarta-feira.

O álbum na verdade é uma trilha sonora para o filme de Stephen King, chamado Maximum Overdrive, que aqui no Brasil ganhou o título de Comboio do Terror. O filme em si foi um fracasso de bilheteria e de crítica, mas o álbum foi um sucesso, o que fez com que o AC/DC recuperasse um pouco do seu prestígio, que ficou em xeque após dois álbuns relativamente medianos, “Flick of the Switch” (1983) e “Fly on the Wall” (1985).

Apenas três músicas são inéditas e foram escritas exclusivamente para o filme, e consequentemente, para o álbum: as instrumentais “D.T.” e “Chase the Ace“, além da faixa-título. As demais são músicas de álbuns anteriores. Então um álbum que tem músicas famosas como “You Shook me All Night Long” , “Hell’s Bells” e “For Those About to Rock (We Salute You)“, não pode dar errado, certo, caro leitor? Ponto para o AC/DC, que ainda incluiu uma única música da época do saudoso vocalista Bon Scott e a faixa escolhida para tal foi “Ride On“.

Junto com o álbum, a banda lançou também uma fita VHS, contendo videoclipes para “Who Made Who”, “You Shook me All Night Long“, “Shake Your Foundations“, “Hell’s Bells“, além de uma performance ao vivo para “For Those About to Rock (We Salute You)“, que aconteceu em Detroit no ano de 1983. A duração total do VHS é de 73 minutos. Quase o dobro do tempo do álbum em si, que tem apenas 37 minutos. A produção da bolacha é assinada por Robert John Lange, Harry Vanda, George Young, Angus Young e Malcolm Young.

Como dissemos acima, o sucesso de vendas do álbum contrastou com o a pífia performance do longa-metragem. O álbum foi certificado com Disco de Ouro na Suíça e no Reino Unido, Platina na Alemanha e 5 vezes Platina nos Estados Unidos e Austrália. Nos charts pelo mundo, boa performance: 6° na Finlândia, 16° no Reino Unido, 21° na Suécia e na Suíça, 24° na Alemanha e Nova Zelândia, 28° na Áustria, 30° na Austrália, 33° na “Billboard 200” e 47° na Holanda.

Era esse êxito que a banda precisava para seguir em frente, porém o álbum anterior repetiu a baixa receptividade de crítica e público, que a banda recuperaria de vez somente em 1990, com o poderoso “The Razor’s Edge“. Para nossa felicidade, o AC/DC está na atividade, infelizmente sem Malcolm Young que nos deixou em 2017, mas que está sendo bem substituído pelo sobrinho, Stevie Young. Felizmente eles se redimiram do erro que foi tirar Brian Johnson e ele está de volta. Hoje é dia de escutar esse álbum no volume máximo e agradecer por termos nascido na mesma época da maior banda de Hard Rock da Austrália e uma das maiores que já existiram. Vamos aproveitar enquanto eles não anunciam a aposentadoria. Tomara que essa aposentadoria demore mais um bocado.