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Memory Remains: Deep Purple – 47 anos de “Burn”, a chegada de David Coverdale e a formação de um dream team

Memory Remains: Deep Purple – 47 anos de “Burn”, a chegada de David Coverdale e a formação de um dream team

15 de fevereiro de 2021


Temos o oitavo disco do Deep Purple apagando as velinhas neste 15 de fevereiro recheado de aniversariantes no Rock e no Metal. “Burn”, o homenageado da vez, conta com a participação de algumas feras, melhorando o que já beirava a perfeição: David Coverdale chega para assumir os vocais no lugar de Ian Gillan e Glenn Hughes assumia o baixo e também fazia os vocais. Eles Juntavam-se aos gênios Ritchie Blackmore, John Lord e Ian Paice. O Memory Remains irá tratar deste belo monumento do Rock and Roll.

Esse timaço se reuniu em Montreux, Suíça, em novembro de 1973 e fizeram uso do “Rolling Stone Mobile Studio“, o estúdio móvel pertencente à banda de Mick Jagger e Keith Rochards. A própria banda se encarregou da produção da bolacha. E vamos nós destrinchar, como de costume, as 8 faixas que aqui perduram por pouco mais de 42 minutos.

A abertura se dá com a faixa título e que rockão da moléstia, como diria o meu avô. É um dos muitos clássicos do Rock e repare bem, caro leitor, o Deep Purple não é das minhas bandas favoritas, mas nem por isso eu posso desprezá-los e sim, eu os coloco no pedestal por tudo que eles representam. E esse som traduz isso. Que pedrada.

Might Just Take Your Life” dá uma freada brusca na empolgação que é a clássica faixa anterior, mas aqui a qualidade não se perde e nem tem como. John Lord dá seu espetáculo na intro e a música se desenvolve com uma bela pegada. “Lay Down, Stay Down” é uma meio termo entre as duas anteriores: um andamento mais rápido que a segunda, mas não tão rápida quanto a faixa que abre a bolacha. E aqui o destaque é Ian Paice inspiradíssimo em seu kit de bateria. E um belo solo executado por Blackmore.

Sail Away” tem uma pegada mais Bluesy onde os destaques são as linhas de baixo de Glenn Hughes. Se você está no Vinil, é hora de trocar de lado e seguir com essa agradável audição e a faixa que segue é “You Fool no One“, que tem batidas que flertam com o funk e o sul e boas passagens no baixo.

Whats Goin’ on Here” é aquele rock clássicão com a marca registrada do Deep Purple, onde John Lord dita o ritmo com seu teclado, enquanto que “Mistreated” é o que podemos chamar de balada e muito bem tocada por sinal. Mesmo do alto de seus mais de sete minutos ela não soa chata em nenhum momento.

A200” é uma instrumental que encerra o álbum com toques de progressivo.

Em 41 minutos temos um disco em que os caras acertaram a mão, também não era para se esperar menos desse timaço.

Uma pena que a formação não durou muito tempo e Ritchie Blackmore foi o primeiro a abandonar o barco pouco tempo depois. Mas a história está escrita e este álbum é imprescindível na coleção do fã amante do Classic Rock. Vamos aproveitar enquanto alguns de nossos ídolos estão por aí e celebrar essa obra.

Burn – Deep Purple

Data de lançamento: 15/02/1974

Gravadora: Purple Records

Faixas:

01 – Burn

02 – Might Just Take Your Life

03 – Lay Down, Stay Down

04 – Sail Away

05 – You Fool No one

06 – What’s Going on Here

07 – Mistreated

08 – A 200

Formação:

David Coverdale – Vocal

Ritchie Blackmore – Guitarra

John Lord – Teclado

Glenn Hughes – Baixo/Vocal

Ian Paice – Bateria