Resenhas

Another Sin, Another Life

Drawn By Evil

Avaliação

7.0

Fundado em 2012, ainda sob o nome Ignition, a banda lançou seu debut intitulado “Psycho”, alcançaram respectivo sucesso e vários shows foram realizados – inclusive tendo realizado aberturas para bandas como o Eluveitie. Então era chegada a hora, em 2019, de lançar uma sequencia. Mas para essa feito, o guitarrista Andreas Bieder propôs uma repaginada na estética sonora da banda, inclusive trazendo um novo nome ao grupo que a partir de então se chamaria Drawn By Evil, e daí surgia o disco “Another Sin, Another Life”, que traz um som bastante competente, mas que também traz pequenos erros.

A breve abertura instrumental com “Drawn By Evil”, cartão de apresentação da nova era, é rápida e mostra algo soturno, e logo a continuidade com “The Portrait” traz guitarras muito bem alinhadas e um som de bateria característica do estilo Metalcore, porém, com um certo tom mais sujo que da charme na sonoridade. O vocalista Riccardo Prato mostra boas nuances de sua voz e a faixa tem bom andamento e um refrão que se aproxima muito do Volbeat na levada e uma voz próxima à David Draiman do Disturbed.

“Awakened Desire” é muito bem marcada, cadenciada e rende bons momentos da boa química que os músicos tem. A deixa para o refrão é bastante harmoniosa e cativa, e o próprio refrão é muito bem encaixado e, mesmo curto, alcança um resultado muito bom.

A faixa título “Another Sin, Another Life” já surge e em seus primeiros acordes parece sair do rumo com uma introdução floreada, mas que logo se arranja e cria uma faixa bem elaborada com bons andamentos. Um adendo aqui é que na quarta canção, o fato de soar relativamente parecido à Draiman começa a incomodar.

Em “Disgrace”, o baterista Alexander Wolf se solta e cria linhas de pedais duplos precisas e também boas linhas de desenho nos pratos e com dobras vocais interessantes no refrão. A pressão continua em “Ghosts of Blackness” que invoca um Thrash Metal clássico no seu andamento e cai em um refrão muito bom, o melhor do disco e também na melhor faixa.

“Where Dignity Drown” traz um andamento diferente das demais fazendo algo mais lento e suas descidas e subidas acabam por não sair muito do lugar e criam uma faixa apática. E mais um interlúdio surge aqui com “Arise”.

Nessa segunda metade o disco parece cair em um momento mais morno, mesmo que rendam bons momentos como as dobras de guitarra em “Downfall” ou o começo com ares do Pantera em “Raise the Poison Inside”

As melodias do refrão de “Shadows in the Moonlight” também merecem ser mencionadas, e o bom encerramento com “Beneath the Mask of Black Despair” fecham o disco de forma de acordo.

Como dito antes, a banda apresenta um bom resultado e mostra ter boa capacidade, mas ainda parecendo crua e com um material à ser lapidado em busca de um identidade própria. Ainda assim, aproveite o que eles apresentam pois bons momentos podem ser encontrados por aqui.

Faixas:

1. Drawn By Evil
2. The Portrait
3. Awakened Desie
4. Another Sin, Another Life
5. Disgrace
6. Ghost of Blackness
7. Where Dignity Drowns
8. Arise
9. Downfall
10. Raise the Poison Inside
11. Shadows In The Moonlight
12. Beneath The Mask of Despair

Formação:

Ricardo Prato – Vocal
Andreas Bieder – Guitarras
Max Lilpob – Guitarras
Christian Pauli – Baixo
Alexander Wolf – Bateria