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Memory Remains: Cannibal Corpse – 28 anos de “Tomb of the Mutilated”, um verdadeiro clássico do Death Metal Old-School

Memory Remains: Cannibal Corpse – 28 anos de “Tomb of the Mutilated”, um verdadeiro clássico do Death Metal Old-School

22 de setembro de 2020


Em 22 de setembro de 1992, o CANNIBAL CORPSE lançava o seu terceiro álbum: e “Tomb of the Mutilated” mostrava que o quinteto de Buffalo, agora radicado em Tampa, estava se fincando como um dos pilares, senão o maior deles, do Death Metal.

A banda se reuniu no famoso “Morrisound Studios“, em Tampa, com o velho Scott Burns na produção. E de lá saíram com este petardo, de apenas 35 minutos, que fora lançado pela “Metal Blade“. Este seria o último álbum com o guitarrista Bob Rusay, que abandonaria a carreira de músico.

O hino maior do CANNIBAL CORPSE se encontra presente na faixa de abertura: e “Hammer Smashed Face” destrói tudo, mostrando um Death Metal convidativo a um mosh tão violento quanto a própria música, que ficou conhecida mundialmente após ser tocada no filme “Ace Ventura“, estrelado por Jim Carrey, assumidamente grande fã da banda.

I Cum Blood” é outro clássico da banda, em que temos partes mais arrastadas nas estrofes intercalando com partes rápidas e brutais no refrão. Essa foi mais uma música que eu conheci no ao vivo “Live Cannibalism” e achei irada demais. Esta faixa está presente no jogo “GTA IV“.

Addicted to Vaginal Skin” é outro petardo em que notamos uma banda agressiva e crua fazendo um som absurdamente rápido e brutal, numa intro mais arrastada que logo se torna o caos total. Suspeita-se qiue a voz da introdução desta música seja atribuída ao serial killer Arthur Shawcross, quando ele teria confessado seus crimes e teria sido gravada em cassete.

Chega “Split Wide Open” e tome mais violência sonora, numa música pra lá de violenta e agressiva, como era o CANNIBAL CORPSE old-school. Aqui também temos breves mudanças no andamento, mas logo as coisas voltam ao “normal”. “Necropedophile” mantém as coisas no topo, em outro som em que as mudanças repentinas de andamento acontecem. Começa rápida, tendo uma breve alteração e logo a velocidade volta com tudo.

Divulgação/Metal Blade Records

“The Cryptic Stench” tem ótimos riffs de guitarra mais cadenciado em sua intro, que é bem longa e logo ao entrar os vocais de Chris Barnes, o pau come na casa de Noca e riffs hipnotizantes juntamente com a bateria rápida e violenta de Paul Mazurkiewicz dão a tônica do que é esse sonzão, que assim como as demais, também sofre uma breve mudança no andamento, mas depois a brutalidade retorna com tudo. Um dos melhores deste play e é uma pena que a banda não toque ao vivo. “Entrails Ripped From a Virgin’s Cunt” começa com uma ótima virada de Paul Mazurkiewicz e a violência absurda toma conta dessa faixa, com breve mudança de andamento no meio dela.

“Post Mortal Ejaculation” tem excelentes riffs na sua introdução, sendo esta a mais complexa composição do álbum, onde destaco as linhas de baixo de Alex Webster, a fera das cinco cordas. Aqui nem mesmo na parte em que há a já famosa mudança de andamento, a música fica menos rápida. É muita brutalidade para uma banda só.

“Beyond the Cemetery” é marcada por quebradeira pura, sendo a composição mais complexa e pesada do disco, com muitas quebras no andamento, mas tudo terminando no mais pútrido e doentio Death Metal, encerrando de maneira sensacional um disco curto, porém, direto e reto. São pouco mais de 35 minutos de muito peso, brutalidade e letras horripilantes, porém, engraçadas. Verdadeiro clássico da carreira desta grandiosa banda.

Temos assim um excelente álbum, que foi o primeiro de estúdio que eu ouvi, logo depois de conhecer a banda através do “Live Cannibalism”, isso há mais ou menos 20 anos atrás. “Tomb of the Mutilated” é respeitado na cena Death Metal e considerado por muitos fãs como sendo o melhor da carreira do CANNIBAL CORPSE. Em 2005, ele foi incluído na posição 278 do livro “500 Maiores Álbuns de Rock e Metal”, editado pela revista Rock Hard.

E hoje é dia de celebrar esse disco lindo, e também desejar uma longa vida a esse quinteto, que com certeza é um dos pilares deste estilo brutal e extremo, o qual conhecemos como Death Metal.

Tomb of Mutilated – Cannibal Corpse

Data de lançamento – 22/09/1992

Gravadora – Metal Blade

Faixas:
01 – Hammer Smashed Face
02 – I Cum Blood
03 – Addicted to Vaginal Skin
04 – Split Wide Open
05 – Necropedophile
06 – The Cryptic Stench
07 – Entrails Ripped From a Virgin’s Cunt
08 – Post Mortal Ejaculation
09 – Beyond the Cemetery

Formação:
Chris Barnes – Vocal
Jack Owen – Guitarra
Bob Rusay – Guitarra
Alex Webster – Baixo
Paul Mazurkiewicz – Bateria