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Zambrotta narra dilemas do fazer artístico em seu álbum de estreia

Zambrotta narra dilemas do fazer artístico em seu álbum de estreia

17 de julho de 2025


O jovem trio pernambucano Zambrotta, por meio do selo Downstage, disponibiliza o primeiro álbum da carreira Ensaio Sobre a Noite e o Dia com canções cheias de guitarras virtuosas sob roupagem experimental do rock noventista. São nove faixas em que a banda explora terrenos do post-rock, shoegaze, dreampop, emo, lo-fi e noise com sutileza e bom gosto.

Ouça o álbum Ensaio Sobre a Noite e o Dia na íntegra aqui: https://lnk.fuga.com/zambrotta_ensaiosobreanoiteeodia

Zambrotta é Adner Andrade (voz), Lucas Emanuel (Guitarra/Voz) e Renan (bateria/Voz). Neste primeiro álbum cheio, eles revisitam seu passado e enfrentam os fantasmas de seu longo hiato.

Ensaio Sobre a Noite e o Dia é o retrato violento e sincero do afeto entre três grandes amigos de infância, que demorou seis anos para nascer e compartilhar, com o mundo, canções-manifesto de suas próprias ambições criativas.

A obra, auto-contida em seu fazer artístico, retrata todas as fases do sonho médio de um artista que se coloca à margem de sua obsessão: a ingenuidade do sonho, o medo-impostor, os pesadelos materiais e a esperança da redenção.

As músicas comunicam sobre as lutas da produção do próprio álbum, regadas a choro, crises de ansiedade e pânico, gritos e abraços, brigas e reconciliações.

“E isso fez total diferença, porque não estávamos mais representando sentimentos do começo da vida adulta, mas da nossa fase atual. Estávamos retratando a nossa própria dificuldade em continuar existindo, de fazer e sonhar com arte. Desde a ansiedade do começo, passando pela dificuldade de conciliar a produção com uma vida de trabalho precarizado, à insegurança de investir em algo sem retorno financeiro”, enfatiza a Zambrotta.

A sonoridade a estética do álbum

Apesar de algumas tracks terem referências muito características de subgêneros mencionados, a obra como um todo, em termos sonoros e estéticos, experimenta em cima da narrativa que cada canção exige, com nuances distintas de arranjos e timbres, isto é, do introspectivo ao efusivo (com moderação), da sutileza ao ruído.

Em músicas mais solares, por exemplo, a banda traz uma roupagem mais vibrante, ingênua e enérgica, enquanto nas mais noturnas exploram um repertório e momentos mais densos, crus e soturnos.

É a latente dicotomia que já é escancarada no título do álbum, como se este registro fosse um ‘ensaio’ contínuo em busca de experimentos, de respostas, de um sorriso ou de um timbre novo.

“Em cada canção estaríamos ‘ensaiando’ experimentalmente sobre como lidamos com os sentimentos que cada música nos trazia no decorrer do tempo. Isso nos deu liberdade também de profanar as nossas próprias referências musicais, subvertendo muitos padrões de cada gênero e fazendo algo que acreditamos ser puramente nosso”, comenta o vocalista Adner.

Agora é a hora de cair na estrada para divulgar e compartilhar Ensaio Sobre a Noite e o Dia com novos públicos.

“Acredito que antes de tudo queremos devolver à arte e à música tudo que ela nos proporcionou – como ato de gratidão, mesmo. Com ela aprendemos que o mundo é vasto e que é possível sentir-se parte, ao mesmo tempo. Queremos retornar isso as pessoas; que elas se sintam compreendidas. Queremos ser relevante na vida de quem nos escuta, ajudar pessoas a encarar os próprios sentimentos, a realidade que o cerca, a própria solidão”, finaliza Adner.

Zambrotta nas redes sociais

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