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Chal lamenta a ganância política no Brasil em clipe com videografismo

Chal lamenta a ganância política no Brasil em clipe com videografismo

19 de julho de 2021


A reflexiva ‘Sinto Muito’, música na qual o cantor e compositor Chal escancara um Brasil atual carregado de ganâncias e problemas do passado e do presente, ganha movimentos e elucidações – ora subjetivas, ora fiéis à realidade – em um impactante videoclipe, com direção e animação de Thales Magno.

‘Sinto Muito’, a canção, foi lançada pelo selo Toca Discos no último mês de maio, como a primeira faixa bônus de outras remanescentes do disco ‘O Céu Sobre a Cabeça’, registro indicado ao Grammy Latino de 2019, que ganhará uma edição Delux.

O audiovisual ilustra a crítica de Chal diante de um país assombrado pelas escolhas individualistas do ser humano. No clipe, o cantor aparece dentro de um trem que anda para trás, cuja estética sugere o retrocesso do país, nas rédeas de políticos autoritários, corruptos e que a todo custo buscam normalizar a miséria, a fome e a desigualdade.

Para além das críticas racionais, ‘Sinto Muito’ é um brado cantado do fundo do coração de Chal. Sua performance intensa quer despertar a indignação e a empatia por meio de sua arte – a música.

A trama do clipe perpassa a dimensão espiritual da música, reforçada pelas imagens do clipe por meio da técnica de videografismo com animação 2D, que remete também à relação do cantor com a religiosidade e sua sensibilidade à força e trabalho do padre Júlio Lancellotti e do seu tio Dom Tomás Balduino, bispo emérito da Cidade de Goiás ligado a Pastoral da Terra e aos movimentos Campesinos.

O roteiro, assinado por Chal junto a Thales, é expressado no clipe com uso de elementos antigos para reforçar – graficamente – como os problemas da construção da nação ainda refletem num presente igualmente desastroso e perigoso.

Enquanto Chal viaja em um trem dando ré, tendo como pano de fundo a construção de Brasília, diversas imagens sugerem à cena, bastante sugestivos: a vacina, um ditador com cloroquina em mãos, gado, tocos de madeira pegando fogo, a dicotomia fome/petróleo, um punho cerrado de resistência, uma cidade construída cheia de figuras tenebrosas (políticos e suas ganâncias), morte na pandemia, censura contra liberdade de expressão, pedidos por mais amor etc.

Um importante elemento do clipe é a maçã que tanto acompanha Chal ao longo da viagem como surge em diversas situações externas aos trilhos. A maçã comida representa a entrega humana a essa ganância, enquanto a maçã apodrecida representa uma esperança para uma consciência menos egoísta, a deixa urgente à pergunta final de ‘Sinto Muito’: “Vai ficar assim? Diz pra mim”.

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