Absinthe Green é uma criação da compositora, produtora e multi-instrumentista Eirini “Absinthe Green”. Ela fez seu nome tocando baixo para diferentes atos da cena do metal ao longo dos anos e já participou de projetos como a banda alemã Enemy of the Sun, e a banda grega de dark metal RandomWalk, entre outros. Além disso, já partilhou o palco com artistas de renome em inúmeros espetáculos e festivais por toda a Europa.

Absinthe Green está crescendo rapidamente no cenário da música pesada, com seu estilo único, sonoridade diversificada e o investimento audiovisual que pode ser visto nos singles lançados. A banda se prepara para lançar o novo disco, no próximo ano e para contar mais detalhes, conversamos com a inovadora Eirini “Absinthe Green”. Confira a entrevista abaixo:

Olá Eirini, tudo bem? Para começar, para quem não conhece a banda Absinthe Green, pode nos contar um pouco sobre o som? O que podemos encontrar na sua música?

Você encontrará música de verdade com alma. Absinthe Green é um vislumbre da minha psique e minha luta entre luz e escuridão, amor e dor, vida e morte. Nosso som pode ser bem pesado com riffs de rock, melodias tocantes e solos de guitarra e muito groove no baixo e na bateria. Absinthe Green combina vários gêneros musicais, mas mantendo um caráter muito comercial que pode atrair uma variedade de pessoas com diferentes origens musicais. Acho que a melhor maneira de experimentar nossa música é dar uma olhada em alguns de nossos videoclipes e ouvir as músicas.

Você pode falar sobre o conceito Absinthe Green?

Absinthe Green é meu nome artístico desde que comecei a tocar música profissionalmente. Quando comecei a escrever música para este projeto em particular na Alemanha em 2016, eu tinha em mente encontrar músicos para que eventualmente fosse formado como uma banda completa. Eu já havia tocado ao vivo algumas das músicas do projeto na Alemanha, mas foi em 2019, quando terminei de escrever as músicas para o álbum de estreia que coincidiu com a minha mudança de volta para a Grécia, meu país natal, onde o Absinthe Green tomou forma como uma banda completa com a formação que temos hoje, composta por Harry Mason na bateria, Villy Pirris no baixo e Mike Dervos na guitarra, comigo fazendo as composições, vocais e guitarras rítmicas.

Absinthe Green deve lançar um novo álbum no ano que vem, e já tem cinco singles lançados. O que podemos esperar deste novo trabalho?

No final do ano passado concluímos as gravações do nosso álbum de estreia. Trabalhamos em conjunto com o produtor Hiili Hiilesmaa, (HIM, The 69 Eyes, Amorphis, Moonspell, Sentenced e mais), pois sou um grande fã de seus trabalhos anteriores e sabia que ele seria a pessoa certa para colaborar, para minha música, pois compartilhamos uma estética e abordagem muito semelhantes. O álbum é intitulado “Of Love and Pain” e o plano é que seja lançado no ano que vem. E eu digo algum tempo, porque nosso plano é lançar mais alguns singles e videoclipes antes do lançamento. Você pode esperar uma música que vem do coração, é tudo baseado em experiências pessoais e nos temas recorrentes de contraste e dualidade na vida.

Como vocalista da banda, você também é a principal compositora? Quais são suas inspirações na hora de compor e produzir?

Isso mesmo. Sonoramente, Absinthe Green mistura minhas diferentes influências musicais e liricamente minhas experiências de vida pessoal e estímulos sociais.

A premissa é exteriorizar todos esses sentimentos e experiências que coletei ao longo dos anos de uma forma divertida e se divertir muito apresentando-os ao vivo e conectando-se com o público.

Eu escrevi este álbum com uma abordagem diferente de como eu estava escrevendo música antes: a composição tem uma estrutura e mentalidade mais pop. Ainda há riffs pesados ​​e linhas de baixo groovy, bem como bateria agressiva, e cada música é muito diferente da outra, de hinos de rock a baladas a músicas com mais sensação de metal ou punk.

Como é para você ser uma mulher em uma cena predominantemente masculina? Você acha que as meninas estão ganhando mais espaço no metal?

Sou artista nessa cena há quase 20 anos e, como você pode imaginar, testemunhei em primeira mão o domínio masculino no rock/metal.

Uma e outra vez eu tive que provar a mim mesmo muito mais do que meus companheiros de banda ou músicos. Quando eu comecei não havia tantas mulheres tocando música no gênero, eu me lembro em 2005, quando eu queria começar uma banda de metal só de mulheres e não conseguia encontrar pessoas para fazer isso. Poderíamos conversar por horas sobre a maneira como fui prejudicado por ter experimentado o sexismo neste negócio. Mas sejamos positivos: agora as coisas mudaram, as mulheres estão ganhando terreno lenta mas firmemente, já era hora!

Ansioso para ver mais e mais mulheres arrasando na música!

Quais são as pessoas que te inspiram e que ideia você quer transmitir ao seu público quando está no palco?

Essa é uma pergunta difícil porque tenho muitas influências diferentes e há tantos artistas que me inspiram de diversas maneiras. Eu poderia me inspirar em qualquer um que faça sua arte com paixão. Para mim, Ludwig van Beethoven é um dos maiores exemplos disso, e da filosofia de vida de não desistir. Mas eu encontro a maior parte da minha inspiração na arte, na literatura e nas experiências de vida pessoal do mundo que vivemos hoje. Adoro viajar e estar exposto a diferentes pessoas e culturas. Qualquer coisa pode despertar a criatividade quando se tem os olhos e a mente abertos. Coisas que emitem uma forte emoção podem me comover, mas quando busco inspiração direta recorro a algumas de minhas obras poéticas e filmes favoritos. Quanto a estar no palco, adoro trocar energia com o público. É quando estamos alinhados, unidos através da música. Para mim, este é um dos maiores sentimentos do mundo. É verdadeiramente mágico.

Qual é a sua maior ambição na música?

Como eu disse antes, adoro me conectar com as pessoas e poder tocar a alma delas com minha música. É um dos maiores sentimentos do mundo quando as pessoas voltam para você e dizem que você as emocionou com sua poesia, ou que sua música as ajudou a superar obstáculos em suas vidas.

Para as meninas que estão começando na música, que conselho você pode dar? Você diria algo que gostaria de ter ouvido quando começou?

Nunca desista e nunca comprometa sua arte. Encontre um plano para sua visão. Temos a sorte de viver nesta era orientada para a internet, então você tem inúmeros recursos para colocar em serviço e aprender sobre qualquer coisa relacionada à música.

Pratique seu instrumento o máximo possível e tente ganhar o máximo de experiência possível. De shows a escrever música, colaborando com outros artistas e aprendendo no trabalho.

Seja humilde e respeite as pessoas ao seu redor que estão lá para ajudar no seu show, performance, gravação ou qualquer outra coisa que você esteja fazendo. Quando você se sente frustrado e pensa em desistir, é exatamente quando você precisa se esforçar ainda mais, pois é quando você sobe de nível e, geralmente, é quando coisas maiores começam a acontecer. Deixe seu ego de fora; Já vi muitos artistas talentosos falharem por causa de sua má atitude.

 Não tenha medo de reavaliar e redefinir sua música. Estamos todos em andamento e continuaremos aprendendo até o dia em que morrermos. Basta acreditar em si mesmo e ter paciência.

Quais são os planos futuros da banda? Há passeios planejados?

Temos shows ao vivo agendados e agora estamos planejando uma turnê europeia para 2023. Também adoraríamos tocar em alguns festivais e promover nosso álbum também.

Você pode deixar uma mensagem para nossos leitores e fãs brasileiros da banda?

Eu amo o Brasil! Pessoas incríveis, natureza, música. Mal podemos esperar para visitar seu lindo país, experimentar sua rica cultura e curtir com você!