Daniel Young, um músico de Salt Lake City, nos presenteia com seu mais recente álbum, “Leave It Out to Dry”. Seu comprometimento com a arte é palpável em cada faixa deste álbum, que reflete não apenas suas influências musicais, mas também sua jornada pessoal e espiritual.
Ao longo das dez faixas que compõem “Leave It Out to Dry”, somos transportados por uma viagem musical que abraça desde o country tradicional até o blues e folk pulsante , passando por momentos de introspecção e celebração, o álbum é uma montanha-russa de emoções e sonoridades.
A jornada começa com “Desert Air”, uma ode ao country genuíno que nos remete aos dias de rodeio e aventura pelas vastas planícies americanas. Com seu slide característico e ritmo envolvente, a faixa estabelece o tom para o que está por vir. Seguindo adiante, somos levados por “Leave It Out to Dry”, outra incursão no universo romântico do country, repleta de sua essência cativante e reconfortante.
No entanto, é em faixas como “Help Us Get Along” que testemunhamos a versatilidade de Young, mergulhando no terreno do blues e do rock ‘n roll com uma energia contagiante. A presença de instrumentos de sopro e o marcante órgão gospel adicionam camadas de profundidade a essa experiência musical.
A atmosfera melancólica de “Slow Mornings” nos lembra das canções de Johnny Cash em uma era “Jhonny e June”, enquanto “Rosalita” nos envolve em um abraço acústico, com violinos e violões profundos que ecoam a influência de lendas como Willie Nelson. Em “Here Comes The Flood” segue o clima melódico e profundo do disco. Uma batida pulsante e lenta, que pesa sobre o ouvinte como o pouso de um falcão ao voltar de seu voo de caça.
À medida que o álbum avança, somos surpreendidos por momentos como “What About The Questions Now”, que evoca a sombria poesia de Bob Dylan, e “When I Awake”, uma jornada nostálgica pelas tradições caipiras, repleta de guitarras slide que grudam na mente.
A energia festiva retorna com “Have You Ever Died?”, uma explosão de country rock que serve como uma agitação bem-vinda antes da faixa final, “Wade in The River”. Esta última música encerra o álbum de forma melancólica e saudosista, deixando-nos com um sentimento de completude e contemplação.
Em “Leave It Out to Dry”, Daniel Young não apenas nos presenteia com sua habilidade musical excepcional, mas também nos convida a mergulhar em sua jornada emocional e espiritual. Cada faixa é uma peça do quebra-cabeça que compõe sua visão única da música americana, uma mistura de tradição e inovação, de melancolia e celebração. Não apenas ouça este álbum; permita-se ser transportado para o mundo extraordinário de Daniel Young.