Resenhas

Modern Primitive

Septicflesh

Avaliação

9.8

A banda grega Septicflesh sem sombra de dúvida firmou seu nome no panteão dos grandes nomes do death metal sinfônico. Com o lançamento de seu mais recente álbum de estúdio, Modern Primitive, 11º álbum da carreira do grupo, isto fica muito óbvio. A versão física que tenho em mãos foi lançada no Brasil e América Latina pela parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records.

Apesar da rotatividade em sua formação ao longo dos anos, o cerne do Septicflesh permanece coeso com o baixista Spiros Antoniou, o guitarrista Christos Antoniou e o guitarrista, compositor e vocalista Sotiris Anunnaki V. Além deles, temos o baterista Kerim ‘Krimh’ Lechner e o recém-chegado guitarrista Psychon.

‘Modern Primitive’ expressa toda a criatividade destes excelentes músicos, com melodias étnicas, orquestrações cinematográficas, riffs brutais e uma abordagem diferenciada de todo o metal extremo que eu conheço. As introduções, melodias e o clima de uma trilha sonora intimidadora criam uma atmosfera única.

O clima místico e ritualísco expressado são realmente fora do comum. Creio que a banda chega num ponto de expressividade e criatividade que vai muito além do death metal, seria um crime prendê-los em um gênero ou limitá-los em uma “caixinha” de definições e ideias preconcebidas.

‘Neuromancer’, ‘The Collector’, ‘Coming Storm’ são de longe minhas favoritas. Não há como não se envolver pelo clima criado, a sensação de drama e ficar extasiado com as fantásticas orquestrações.

O Septicflesh atingiu outro patamar, com uma consistência e uma técnica apuradíssima. É um álbum para ouvir com extrema atenção, pois a cada audição notamos um detalhe diferente nas faixas, o que deixa tudo muito mais sensacional.

Se pudesse definí-lo somente em adjetivos, Modern Primitive é grandioso, monumental e imponente.