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SadBoots fala sobre ciclos da vida no versátil disco de estreia, Eventide

SadBoots fala sobre ciclos da vida no versátil disco de estreia, Eventide

10 de abril de 2022


No primeiro full da carreira, quarteto belo-horizontino mantém a base de blues, stoner e grunge e adiciona novos ritmos

Maria Vaz/Divulgação

No primeiro full da carreira, quarteto belo-horizontino mantém a base de blues, stoner e grunge e adiciona novos ritmos

O ciclo da vida abraça distintos momentos, sentimentos e desfechos. É natural que turbulências sucedam a calmaria e vice-versa, num processo que requer muito da plenitude do indivíduo para alçar pontos finais e recomeços. Esta é a dinâmica sonora e lírica de Eventide, o álbum de estreia do quarteto mineiro – de Belo Horizonte – SadBoots. São 10 faixas que mostram a versatilidade da composição da banda, com base no blues, stoner e grunge, junto à novos elementos.

Ouça no streaming aqui: https://onerpm.link/509768801434.

Eventide é resultado de um intenso trabalho de composição de Lucas Gomes (vocal), Lucas Brito (guitarra), Filipe Sartoreto (baixo) e Gustavo de Angelis (bateria), que começou logo após o lançamento do EP de estreia, “Shoeshine” (2020).

O resultado é um trabalho que mescla faixas diretas e dançantes, com referências ao rock contemporâneo, a outras mais longas e experimentais, que remetem ao rock clássico, sem deixar de lado o peso característico do som da SadBoots, na ativa desde 2016.

Com a ordem das músicas definida, a banda percebeu que as músicas iam se tornado mais obscuras, e após revisar a última faixa, definiram o nome do álbum. “Eventide” representa o sentimento de saber que eventualmente vai escurecer, representa a passagem do tempo e, como a letra da última música, nos lembra que também é legal aproveitar a noite e esquecer os dias de tempos em tempos.

A primeira parte do disco começa com músicas mais otimistas. Solstice Queen fala sobre um amor idealizado enquanto Mynah Bird Song é sobre aproveitar os detalhes da vida e do mundo. Something in the Storm, que marca a metade do álbum muda essa trajetória, um suspense que se aproxima assim como uma nuvem de chuva que cobre o sol.

Na segunda parte, as letras carregam uma aura mais sombria. No entanto, Wake Me Up at Eventide fecha o álbum com um tom otimista, como um recomeçar do ciclo do álbum, que também pode ser interpretado como o recomeço de um dia.

O álbum conta com a participação de Luciano Porto (Ancestral Diva, Lee and James) nos teclados, Polly Terror e Ruth Flôres nos backing vocals e um trio de metais formado por Pablo Ávila no trompete, Mauro Moreira no trombone e Mariana Bosi no saxofone. O trabalho foi produzido, mixado e masterizado por Fábio Mazzeu e gravado em março de 2021 nos estúdios do coletivo Última Gota Records, do qual a SadBoots faz parte.

Show de lançamento

Para celebrar o lançamento de “Eventide”, a SadBoots realiza um show neste domingo, dia 10 de abril, domingo, na Casa Matriz, em Belo Horizonte, espaço recém inaugurado, resultado da fusão entre a Casa Cultural Matriz e a Casa do Jornalista. O evento começa às 16h.

A banda vai apresentar o álbum de estreia na íntegra e terá as participações especiais de Luciano Porto, Polly Terror e Ruth Flôres.

O show de abertura será do duo Lee and James, que apresenta o show de lançamento de seu primeiro single “The One”.

Eventide faixa a faixa

O disco começa com “Toreador”, que parte de uma citação à ópera Carmen, de Georges Bizet, para criar uma música dançante, comandada pelo baixo pulsante e a guitarra slide. “The Great Escape” mantém o clima com um riff dançante, um refrão forte e a presença marcante de sintetizadores. “Solstice Queen” chega com uma levada mais cadenciada, com bastante swing, um refrão pesado e bastante piano.

“Mynah Bird Song” começa à capella, apenas com voz e percussão, que logo são acompanhadas por um riff com bastante groove. A faixa traz diferentes ritmos e um refrão com bastante melodia. “Something in the Storm” fecha a primeira metade do álbum (como o Lado A de um LP) com uma faixa longa e introspectiva, com elementos de rock psicodélico, e belas melodias.

“Bad Juju” começa com bateria e a presença de vocais femininos, que dão lugar a um riff pesado, que remete à sonoridade de trabalhos anteriores da SadBoots, e traz um refrão percussivo ritualístico. “Silhouette in Blue” traz uma levada cheia de groove, marcada pela percussão, e um refrão melódico. “Exodus” é com certeza a música mais diferente gravada pela SadBoots até agora. Bateria, baixo, guitarra e sintetizador se misturam em uma levada introspectiva com influências de pós-punk.

“…In Lost Carcossa” retoma o groove em uma faixa com influências de funk rock e a presença marcante dos metais. “Wake me Up at Eventide” fecha o álbum em outra faixa longa, com influências de rock clássico, vocais femininos e uma explosiva sequência final de refrões e solos de guitarra, encerrando o disco como um grande show.

Sobre a SadBoots

Formada em 2016, em Belo Horizonte, a SadBoots aposta em uma sonoridade que agrega influências que vão da origem do blues dos anos 1930 ao rock feito nos anos 2000, passando pelo hard rock dos anos 1970 e o grunge dos anos 1990.

A proposta do grupo é deixar que cada música leve a banda para caminhos diferentes, de forma que a próxima faixa vai sempre surpreender o ouvinte e, ao mesmo tempo, soar familiar. Essas características fizeram com que o som da banda fosse definido pela mídia especializada como “inegavelmente moderno”.

Em 2020, já durante a pandemia, a banda lançou seu primeiro trabalho, o EP “Shoeshine”, com quatro faixas autorais. Uma das faixas do EP, “Seasick”, entrou na programação de rádios locais e internacionais e foi eleita uma das 50 melhores músicas de 2020 pela web rádio britânica Wigwam. No início de 2021, a SadBoots lançou o single “Hellhound Waltz”.

A faixa é inspirada nos primórdios do Delta Blues e na música clássica e ganhou um videoclipe que remete aos westerns e ao cinema expressionista alemão. O single foi lançado como uma transição entre o EP e o primeiro disco, “Eventide”.

A SadBoots faz parte do coletivo musical Última Gota Records, ao lado das bandas Ancestral Diva, Green Morton, Lee and James e Low Mantra.

Eventide
01. Toreador 3:23
02. The Great Escape 3:42
03. Solstice Queen 4:21
04. Mynah Bird Song 3:15
05. Something in The Storm 6:57
06. Bad Juju 3:10
07. Silhouette in Blue 4:21
08. Exodus 5:51
09. … In Lost Carcosa 3:45
10. Wake Me Up At Eventide 7:48

Integrantes:
Lucas Gomes: Vocais e Percussão
Lucas Brito: Guitarras
Filipe Sartoreto: Baixo
Gustavo de Angelis: Bateria e Percussão

Todas as músicas são de autoria de Lucas Gomes, Lucas Brito, Filipe Sartoreto e Gustavo de Angelis.

Gravado em março de 2021 nos estúdios Última Gota, em Belo Horizonte – MG

Produzido, mixado e masterizado por Fábio Mazzeu.

Participações:
Luciano Porto: Teclados em “The Great Escape”, “Solstice Queen”, “Something in The Storm”, “Exodus” e “Wake Me Up At Eventide”
Polly Terror: Backing vocals em “Bad Juju” e “Wake Me Up At Eventide”
Ruth Flôres: Backing vocals em “Bad Juju” e “Wake Me Up At Eventide”
Pablo Ávila: Trompete e em “… In Lost Carcosa”
Mauro Moreira: Trombone em “… In Lost Carcosa”
Mariana Bosi: Sax tenor em “… In Lost Carcosa”

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